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3.4 Perdas do sistema

O índice de desempenho para perdas foi elaborado considerando uma separação em dois fatores:

o índice de perdas globais e o índice de perdas por espessura excessiva. Por último, devido à

dificuldade de se estimar outras perdas em um canteiro de obra, Costa (2005) propõe e

quantificação de toda perda de material proveniente de outros fatores como transporte e falhas no

armazenamento e execução a partir da diferença entre as perdas globais e a perda por espessura

excessiva, classificado como outras perdas ao longo do processo. Dessa maneira, o estudo levou

em conta as perdas somente de material, medido em quilogramas.

3.5 Custos de execução

A análise de custos do estudo considerou apenas variáveis diretas relacionadas aos sistemas

produtivos de argamassa convencional e mecanizada. Paravisi (2008) defende uma quantificação

de custos baseada no custo de argamassa consumida e o custo por hora de equipamentos e da

mão-de-obra através das ferramentas de cartão de produção e controle do consumo de argamassa.

Assim, o índice de desempenho por custo também utilizou essa metodologia ao longo da pesquisa.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Aqui, serão apresentados todos os resultados obtidos para os cincos índices de desempenho

propostos na metodologia. A análise será dividida em cada parâmetro obtido nos sistemas

convencional e mecanizado de revestimento em argamassa, e estes, serão comparados entre si.

4.1 Descrição do sistema

As etapas referentes a cada um dos sistemas de execução de reboco foram acompanhadas

periodicamente por observação direta a fim de conhecer as vantagens e limitações de cada uma.

Para esse estudo de caso, optou-se por utilizar a argamassa usinada estabilizada para a execução

do revestimento pelo método convencional. Assim, diariamente o produto chegava à obra através

do caminhão betoneira, ocorrendo a descarga do material úmido dentro da baia de armazenamento,

local onde os operários enchiam as jericas com argamassa e a transportavam até os pavimentos

requeridos. Após, o recebimento do produto no apartamento em execução, o pedreiro realizava o

lançamento da argamassa na alvenaria e, após o início da pega, ocorriam as etapas de

sarrafeamento e desempeno. Por fim, se realizava a limpeza das áreas rebocadas.

Já no método projetado de reboco, foi utilizada argamassa de projeção ensacada que era recebida

no canteiro de obras diariamente em

pallets

. Esse material era transportado, a partir de pranchas

mecânicas, e armazenado próximo às bombas de projeção, que se localizavam em pontos

estratégicos nos pavimentos. Assim, a bomba de projeção realizava a mistura e o bombeamento

da argamassa até as áreas requeridas através do mangote. Após a projeção, a equipe realizava a

primeira uniformização do revestimento através da régua H, recolhendo todo material em excesso

ou que caia no chão e a reaproveitando novamente na bomba. Seguindo, com o início da pega da

argamassa, se iniciava o sarrafeamento e o desempeno do reboco e, no fim do expediente, ocorria

à limpeza das bombas de projeção e do local executado.

4.2 Produtividade

A partir da metodologia aplicada obteve-se os índices de produtividade em 2 unidades: Hh/m² e

m²/dia.pedreiro cada uma indicando informações próprias a respeito de cada sistema. Sabendo que

a produtividade também é influenciada pela quantidade de operários envolvida no processo