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Para a comparação entre sistemas construtivos de revestimento em argamassa da alvenaria foi

utilizado o sistema mecanizado em 79 apartamentos a partir de bombas de projeção, enquanto em

1 apartamento o procedimento de revestimento se deu pelo método convencional.

A observação direta no canteiro de obras teve uma duração de 8 semanas. Os cincos aspectos

investigados no estudo foram: a descrição do sistema, a produtividade, o consumo de argamassa,

as perdas do sistema e os custos de execução. Assim, os índices dos sistemas convencional e

projetado foram isoladamente coletados enquanto a análise ocorreu de forma comparativa.

3.1 Descrição do sistema

Para a criação deste primeiro índice foi necessário realizar observações de campo de maneira direta

e desenvolver um mapofluxograma. As observações foram realizadas periodicamente no canteiro

de obras. Durante as observações foram registradas anotações dos procedimentos que se estavam

sendo realizados, além das condições climáticas, horários e possíveis eventos aleatórios que

poderiam estar influenciando nos resultados obtidos.

Além disso, a elaboração de mapofluxogramas, baseados na metodologia de Ishitawa (1991),

permitiu quantificar os caminhos necessários para se obter o produto final do processo, enfatizando

equipamentos e transporte, além do recebimento, armazenamento e movimentação de materiais.

Dessa forma foi possível verificar possibilidades de melhoria através da eliminação ou simplificação

de etapas que não beneficiam o sistema como um todo.

3.2 Produtividade

A realização da coleta de informações relacionadas à produtividade utilizou as ferramentas de

cartão de produção e amostragem do trabalho. Logo, através do cartão de produção, que para esse

estudo foi idealizado a partir da pesquisa de Santos (1995), foi possível obter informações da

quantidade de área de revestimento executada, do número de operários envolvidos no processo e

da quantidade de horas necessárias. Assim, executou-se o cálculo de dois possíveis índices de

produtividade: Hh/m² e m²/dia.pedreiro, que serão explicados a seguir.

A primeira unidade de produtividade medida foi em Hh/m². Segundo Paravisi (2008), esse índice

envolve toda a equipe de produção (pedreiros e ajudantes) e considera todo tempo utilizado pela

equipe de operários para realizar a área do revestimento, desde a montagem de andaimes, seguido

pela aplicação do revestimento e seu devido sarrafeamento/desempeno. Já o segundo índice de

produtividade utilizado na pesquisa foi o m²/dia.pedreiro, que de acordo com Costa (2005), é

bastante utilizado em obras por ser mais fácil de ser controlado. Esse índice quantifica apenas os

operários que estão na etapa de produção de revestimento, isto é, os pedreiros, não contabilizando

assim outros envolvidos no sistema de produção.

3.3 Consumo de argamassa

Baseado em Paravisi (2007), o estudo utilizou um acompanhamento simples da quantidade de

material utilizado na obra através do registro diário da quantidade de material empregado no

revestimento. É importante informar que no sistema mecanizado, que utilizou argamassa ensacada,

contava-se quantidade diária de sacos batidos na bomba de projeção. Já para o sistema

convencional, executado a partir de argamassa usinada, o registro deu-se a partir do número de

jericas que chegavam no apartamento para a execução do revestimento.

Além disso, foi necessário realizar a análise da variação média de espessura de revestimento nas

áreas executadas a partir de medição direta, procedimento baseado em Costa (2005) e Paravisi

(2008). Assim, obteve-se o consumo real do sistema de revestimento convencional e projetado.

Por último, comparou-se o valor encontrado com o consumo teórico fornecido pelo fabricante.