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para operação da ETE. Nos EUA, o gasto nesta etapa é 0,04kWh/m

3

, na Nova Zelândia varia entre

0,04 e 0,19kWh/m

3

, no Canadá fica em torno de 0,02 e 0,1kWh/m

3

(MATOS

et al.

, 2014), na Hungria

está entre 0,045 e 0,14kWh/m

3

, e na Austrália é estimado entre 0,1 e 0,37kWh/m

3

(BODÍK e

KUBASKÁ, 2013). LONGO

et al

. (2016) sugeriram uma média mundial de consumo de 5 a 18%

para o bombeamento.

3.1. Consumo de Energia no Tratamento de Esgoto

O consumo de energia para o tratamento de esgoto dependerá da vazão, qualidade do

efluente, tipos de processos adotados (METCALF & EDDY, 2016) e qualidade do afluente

FITZSIMONS (2016). Na Alemanha e na Itália, cerca de 1% do consumo de energia do país está

nas ETEs, sendo uma boa estimativa para os países da Europa (LONGO

et al.

, 2016), ainda que

outros percentuais possam ser descritos na literatura. WANG

et al.

(2016) citaram 0,7% para

Alemanha, 0,6% para os Estados Unidos e 0,25% para a China. LI

et al.

(2016a) relataram de 0,21

a 0,49% para a China. KANG e CHAE (2013) mencionaram 0,5% para a Coréia do Sul. No geral, o

tratamento de esgoto requer entre 0,3 e 0,6kWh/m

3

(SHEN

et al.

, 2015), mas quando existem

limitações de área ou são requeridas qualidades elevadas para o efluente, podem ser adotadas

tecnologias alternativas com maior consumo de energia. (GARRIDO

et al

., 2011). Normalmente, o

custo energético representa de 15 a 40% do custo total de operação da ETE, ficando apenas atrás

da mão de obra (GIKAS, 2015). Independentemente de sua escala, cada estação apresenta

oportunidades de melhorar sua eficiência energética, podendo-se obter uma economia de 20 a 40%

e, em alguns casos, de até 75% (CATARINO; HENRIQUES, 2016).

LONGO

et al

. (2016) apresentaram uma revisão da literatura sobre o consumo de energia

em ETEs de países na América do Norte, Ásia e Europa. Foi observado que o tratamento preliminar

consome menos de 1% do total consumido na ETE. No tratamento primário, pouquíssima energia

é gasta. No tratamento secundário, o consumo de energia varia conforme o tipo de tratamento

adotado (ORTIZ, 2007). O gasto energético no tratamento terciário depende do grau de tratamento

necessário aplicado aos efluentes (MATOS, 2014).

WAKEEL

et al.

(2016) reportaram o consumo de energia em ETEs de diferentes países e,

desconsiderando as diferenças de tecnologia, a média de consumo foi similar, entre 0,38 e

1,122kWh/m

3

. Foram analisadas 5 ETEs na China, incluindo uma das maiores do mundo

(capacidade de 2x10

6

m³/dia), e comparadas com outras, dos Estados Unidos, Alemanha e da África

do Sul. O consumo de energia foi dominado pela aeração, tendo menor consumo o bombeamento

e o desaguamento de lodo.

LI

et al

. (2016a) estudaram 9 ETEs no sul da China e, em um segundo trabalho (LI

et al

.,

2016b), 18 ETEs no país. Foi observado que o gasto energético na China é muito menor do que

nos países desenvolvidos, como Japão, Holanda e Noruega. A explicação pode estar na qualidade

inferior do efluente na China e na modernidade de suas ETEs, com maioria construída nos últimos

10 anos, com tecnologia nova, enquanto que as plantas tradicionais foram construídas há 30 anos

nos países desenvolvidos. O tratamento secundário consumiu cerca de 60% do total de energia,

seguido pelo pré-tratamento, desinfecção e desfosforização e desaguamento de lodo. A tecnologia

com menor consumo foi a oxidação anóxida-anaeróbia com filtro acoplado.

SINGH e KANSAL (2016) analisaram o consumo de energia nas ETEs de Deli, na Índia,

onde os sistemas de tratamento usam o método de lodo ativado. Considerando apenas a energia

do tratamento de esgoto, 65,5% foi elétrica e 27,8% foi associada aos materiais usados no

processo. O consumo de energia foi influenciado pelos produtos químicos que, quando usados para

desaguamento de lodo e desinfecção, representaram 28% do custo energético de operação.