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1162

Etapa do Processo

País

Consumo

(kWh/m

3

)

Descrição

Referência

Média

mundial

0,022 - 0,042

-

LONGO

et al

,

2016

Gerenciamento de lodo

Média

mundial

0,074 - 0,15

-

Disposição final do efluente

e reuso

Austrália

0,02

Disposição final

WAKEEL

et al

,

2016

Média

mundial

0,18 - 0,63

Reuso

Israel

0,72

Singapura

0,93

Austrália

2,5 - 4,5

Reuso em zona dispersa

Pode-se perceber a grande variedade de informações, com consumos desde 0,079 até

1,122kWh/m

3

. Isso porque nem todas as ETEs apresentam os mesmos níveis de tratamento, padrão

de qualidade para o efluente, tecnologia utilizada nos processos, experiência dos funcionários entre

outros. A tecnologia mundialmente difundida é o sistema de lodo ativado e, quando não especificado

pelos autores, subentende-se que este seja o processo adotado. A maior parte dos indicadores de

eficiência energética é referente ao consumo de energia pelo volume de esgoto tratado (kWh/m

3

),

embora também sejam encontrados indicadores que relacionam consumo com população

equivalente atendida, DQO removida do esgoto e outros. Países desenvolvidos, com padrões de

qualidade mais rigorosos e com limitação de área, podem usar sistemas mais eficientes e de menor

área construída, ainda que paguem o preço do maior consumo de energia. De outro modo, países

em desenvolvimento podem recorrer a técnicas menos eficientes e com maior demanda de área,

para economizar energia. Nos diferentes níveis de tratamento, observam-se consumos distintos de

energia, no entanto, existe um comportamento típico: baixo consumo nos tratamentos preliminares

e primário e maiores consumos nos tratamentos secundários e terciários.

No Brasil, devido ao clima relativamente quente durante o ano inteiro, os tratamentos

anaeróbios são possíveis, o que pode explicar o menor consumo de energia se comparado à média

mundial. Pelo contrário, o sistema é um forte candidato para gerar energia, através do biogás

produzido. No país, está em andamento o projeto PROBIOGÁS, uma cooperação entre o Governo

brasileiro e o Governo alemão, com o objetivo de ampliar o aproveitamento do biogás no Brasil

(BRASIL, 2010). Hoje, a maioria do biogás produzido nas ETEs é simplesmente queimado, sem

nenhum aproveitamento energético. A recuperação de energia com o lodo produzido no tratamento

também é importante, ainda mais ao notar o grande consumo de energia no gerenciamento de lodo.

Para o bombeamento de esgoto, o consumo tende a ser menor nos países em desenvolvimento,

onde é comum o esgotamento em canais abertos, mais baratos do que a rede subterrânea, porém

com prejuízos para a estética da cidade e riscos à saúde.

Tabela 2.

Consumo de energia no tratamento de esgoto

Local

Capacidade

Processo

Consumo

(kWh/m

3

)

Referência

Média mundial

0,38 - 1,122

WAKEEL

et al

,

2016

Espanha

Lodo ativado convencional

0,5

ORTIZ;

RALUY;

SERRA, 2015

Espanha

Lodo ativado com filtração

1,2

Espanha

Reatores de membranas biológica

imersa

0,8