1165
Local
Tratamento
Processo
Consumo (kWh/m
3
)
Referência
Arábia Saudita
Terciário
Membrana
1,6
China
Terciário
0,001 - 0,009kWh/t
LI; LI; QIU, 2016b
Média mundial
Terciário
Ultravioleta
0,045 - 0,11
LONGO
et al
, 2016
Média mundial
Terciário
Dosadores Cloro
0,009 - 0,015
Média mundial
Terciário
Filtração
0,0074 - 0,0027
Média mundial
Lodo
Centrifugação
0,018 - 0,027
China
Lodo
0,001 - 0,0043kWh/t
LI; LI; QIU, 2016b
5. CONCLUSÃO
Este trabalho apresentou uma revisão na literatura sobre o consumo de energia no setor de
esgoto, objetivando um melhor entendimento para aprimorar o gerenciamento das ETEs, inclusive
com a recuperação de energia. Poucos artigos publicaram dados brasileiros, indicando que o país
ainda demanda de mais estudos no tema para melhorar seus processos. Aplicar tecnologias
definidas por outros países pode não ser a melhor opção, já que as condições do clima, bem como
a disponibilidade de recursos, diferem de forma expressiva entre as regiões. É preciso estar sempre
em busca de tecnologia nacional, aliada ao desenvolvimento internacional. No tratamento de
esgoto, a maioria dos estudos aponta o processo aeróbico como o maior consumidor de energia,
sendo os esforços voltados para a otimização do sistema convencional, o que não está trazendo
grandes conquistas. No Brasil, o cenário é completamente diferente, o potencial para produção de
energia em sistemas anaeróbios é enorme, ainda mais se considerarmos o déficit de saneamento
e a expansão esperada para o setor. É preciso melhorar o gerenciamento dos recursos e a política
para o setor. Metas ambientais e estratégias de abastecimento de água são pobremente integradas
com a energia, levando a um uso ineficiente e com consequências econômicas e ambientais.
Políticas para estimular o uso racional da água e seu reuso, como fez o governo chinês e como
estão fazendo agora, algumas cidades brasileiras que enfrentam escassez de água, por exemplo,
ajudam a reduzir o consumo de energia, visto que grande parte da água usada se transforma em
esgoto. Incentivos e investimentos no setor, para recuperar o potencial energético do esgoto, além
de fomentar a autossuficiência energética das ETEs, colaborando para a produção de energia limpa
e renovável no país, acarretarão em ganhos econômicos, que poderão impulsionar o crescimento
do saneamento básico no país e ajudar a desafogar o sistema de saúde nacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
AZEREDO, L. Z. Potencial energético de uma estação de tratamento de esgoto sanitário dotada de
um reator anaeróbio do tipo UASB, uma lagoa de alta taxa e um processo de separação e
reciclagem da biomassa algácea
.
Vitória, 81p, 2016
.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal
do Espírito Santo.
BALKEMA, Annelies J., PREISIG, Heinz A., OTTERPOHL, Ralf, LAMBERT, Fred J.D. Indicators for
the sustainability assessment of wastewater treatment systems. Urban Water, v. 4, p. 153–161,
2002.
BODÍK, I., KUBASKÁ, M. Energy and sustainability of operation of a wastewater treatment plant.
Environment Protection Engineering, v.39, p.15-24, 2013.