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recuperação de energia nas estações, através de equipamentos mais caros e complexos, como

gaseificadores e células de combustível. Dentre os enormes potenciais de recuperação da energia

contida no esgoto, que contém energia térmica na forma de calor, as bombas de calor ainda são

caras e o sistema é mais utilizado para aproveitar a energia térmica de esgoto industrial. Quando a

temperatura do esgoto é significantemente diferente da temperatura ambiente, ou de outras

correntes na estação de tratamento, existe o potencial de transferência de calor. Uma bomba de

calor é um dispositivo que utiliza um fluido refrigerante, para recuperar calor de uma fonte

relativamente baixa, tal como o esgoto sanitário, e transferi-lo para um meio com temperatura mais

elevada, através de uma fonte externa de energia. De forma resumida, o fluido refrigerante, em

baixa temperatura e pressão, é vaporizado através do uso de uma fonte externa de calor, dentro de

um sistema de trocador de calor. Depois, o fluido refrigerante é comprimido, e atinge altas pressões

e temperaturas. Então, este fluido é submetido em outro trocador de calor, fornecendo sua energia

para outro sistema, que poderá ser usada para vários fins. O restante de pressão do fluido

refrigerante é liberado em uma válvula de expansão, e o ciclo está completo (METCALF & EDDY,

2016). Com as restrições crescentes sobre a disposição do lodo em aterros (já proibido em alguns

países da Europa) e na agricultura, a recuperação da energia química do lodo, através da digestão

anaeróbia e gaseificação, tem se mostrado cada vez mais promissora. Várias ETEs já estão

operando de forma superavitária em energia e os dados comprovam que tornar uma ETE

autossustentável em energia é economicamente viável. Apesar dos altos investimentos, existe

retorno no negócio. Além da economia direta com energia, a redução do consumo de eletricidade

evita a demanda de pico, que normalmente possui uma sobretaxa no preço da energia.

Tabela 3.

Consumo de energia por nível do tratamento de esgoto

Local

Tratamento

Processo

Consumo (kWh/m

3

)

Referência

Média mundial

Preliminar

Gradeamento

2,9x10

-5

- 0,013

LONGO

et al

, 2016

Média mundial

Preliminar

Tanques de

decantação com

raspadores mecânicos

4,3x10

-5

e 7,1x10

-5

China

Preliminar

0,002 - 0,076kWh/t

LI; LI; QIU, 2016b

Irlanda

Preliminar

Filtro aerado

50.01 kWh/dia

FITZSIMONS

et al

, 2016

Austrália

Primário

0,01 - 0,37

WAKEEL

et al

, 2016

Média mundial

Primário

Decantação

4,3x10

-5

- 7,1x10

-5

LONGO

et al

, 2016

Média mundial

Secundário

Separação do lodo

0,0084 - 0,012

Média mundial

Secundário

Circulação do lodo

0,047 - 0,01

Média mundial

Secundário

Misturamento

0,053 - 0,12

Média mundial

Secundário

Aeração

0,18 - 0,8

China

Secundário

Bioquímico

0,008 e 0,229kWh/t

LI; LI; QIU, 2016b

Japão

Secundário

0,34

WAKEEL

et al

, 2016

Suécia

Secundário

0,42

China

Secundário

0,29

Estados Unidos

Secundário

0,2

Austrália

Secundário

0,305

Irlanda

Secundário

Lodos ativados

1.366,9 kWh/dia

FITZSIMONS

et al

, 2016

Irlanda

Secundário

Lodos ativados

450 kWh/dia

Média mundial

Terciário

0,40 - 0,50

WAKEEL

et al

, 2016

China

Terciário

0,25

Alemanha

Terciário

0,67

Espanha

Terciário

Membrana

0,8