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4.2 Experimento fase dois – comportamento do duto de luz
Esta fase foi realizada no dia 23 de dezembro de 2016 e sob condições de céu parcialmente
nublado. Na Tabela 2, são apresentados os resultados quando da ocorrência de céu limpo durante
esse dia.
Tabela 2.
Iluminâncias medidas (em lux) no dia 23/dez – momentos de céu limpo
Linha Hora
Sensor
no fim
do duto
Sensor
na
sombra
Quantidade
transmitida
pelo duto
Sensor no
sol
Heliostato
agindo
% de
transmissão
de luz do duto
1
13h00 60.622,6 26.178,0 34.444,6 275.557,4
Não
12,5
2
14h00 19.977,9 28.933,5
-
264.535,1
Não
-
3
15h30 17.911,2 44.089,2 26.178,0 187.379,0
Sim
13,9
4
16h30 57.867,0 26.178,0 31.689,0 176.356,7
Sim
17,9
Fonte: as autoras.
Nota-se que não há necessidade de utilizar o espelho móvel para elevadas alturas solares. Nesse
dia, verificou-se visualmente a sua necessidade a partir das 14h (Figura 5), quando o duto não
refletia luz na área onde estava localizado o sensor. Na Figura 6, é mostrado o efeito visual da luz
redirecionada pelo duto quando a área do céu em frente ao sol estava livre das nuvens. Nessa
mesma figura, nota-se a incidência de luz direta no final do duto, possível através da utilização do
espelho móvel – o que aponta o potencial dessa tecnologia quando sob condições de céu limpo.
A luz transmitida pelo heliostato, em conjunto com o duto reflexivo internamente, apresenta
quantidades suficientes para tarefas visuais comuns, de acordo com a NBR ISO/CIE 8995-1 (ABNT,
2013), para iluminar naturalmente um ambiente que esteja situado a 30 metros da área de captação,
em Porto Alegre. A capacidade de transmissão de luz do duto aumentou consideravelmente,
atingindo 17,9%, mesmo com baixo ângulo solar (Tabela 2). Este estudo foi realizado no verão,
quando os ângulos do sol favorecem a captação. Entretanto, é possível verificar a diminuição da
eficiência à medida que o sol se aproxima da linha do horizonte, o que deve acentuar-se durante o
inverno. Isso aponta para a importância de espelhos móveis, principalmente durante essa estação
Figura 6.
Luz refletida/captada na extremidade
do duto
Figura 5.
Sensor na extremidade do duto
Imagem obtida às 14h04.
Fonte: as autoras.
Imagem obtida às 16h55.
Fonte: as autoras.