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Tabela 1.
Iluminâncias medidas (em lux) no dia 18/dez - céu parcialmente nublado – demonstrando o
desempenho dos diferentes materiais
Linha
Hora Alumínio
Polido
Aço Inox
Polido
Película
Reflexiva
para Vidro
Pintura
Branca
Sensor
Externo
% de transmissão
do material mais
eficiente
1
15h30 21.355,7 8.266,7
20.666,8
2.066,7
209.423,6
10,2
2
16h00 11.022,3 7.233,4
8.266,7
1.636,1
198.401,3
5,5
3
16h30 4.822,3
1.808,3
3.444,5
1.377,8
176.356,7
2,7
4
17h00 5.166,7
3.100,0
4.650,0
1.636,1
170.845,6
3,0
5
17h30 1.980,6
1.722,2
1.980,6
721,2
14.466,8
13,7
6
18h00 4.994,5
4.133,4
4.994,5
1.463,9
49.600,3
10
7
18h30 3.100,0
2.583,4
3.100,0
1.044,1
34.444,7
8,9
8
19h00
495,1
355,2
484,4
150,7
8.266,7
5,9
9
19h30
818,1
645,8
839,6
236,8
9.644,5
8,7
10
20h00
236,8
193,8
236,8
75,3
1.980,6
11,9
11
20h30
0
0
0
0
118,4
0
Fonte: as autoras.
No entanto, deve ser ressaltado que os resultados das linhas 5, 6 e 7 foram exatamente os mesmos
para esses dois materiais, sendo que às 19h30 desse dia a película reflexiva apresentou maior
eficiência. Esse fato pode ter ocorrido devido a interferências externas no momento que o sensor
executou a medição. Poderia também ser levantada a hipótese de esses dois materiais
apresentarem índices de reflexão mais próximos e os sensores utilizados não serem capazes de
medir com exatidão diferenças menores, generalizando alguns resultados. O fato ocorreu quando
a iluminância externa variou entre 14.466,8 lux e 49.600,3 lux (Tabela 1), e quando acima ou abaixo
desses valores os resultados obtidos seguem um mesmo padrão – no qual o alumínio tem maior
desempenho na condução de luz natural. Tal constatação também aponta a hipótese de esses
sensores apresentarem essa incoerência dentro dessa faixa de iluminância.
Ainda assim, e diante do contexto desta pesquisa, adotou-se o alumínio polido como material mais
adequado para realizar a próxima etapa do experimento, por ser mais leve e por existir mão-de-
obra local capaz de produzi-lo. Entende-se, porém, que deve ser realizado estudo mais profundo
acerca do funcionamento dos equipamentos utilizados para medição de iluminância, a fim de
verificar o fator de erro que podem apresentar diante das condições aqui descritas. Para tal, pode
ser realizada a comparação com dados obtidos simultaneamente por luxímetros calibrados, visando
aferir a exatidão dos resultados.
Diante da Tabela 1, pode-se ainda constatar que, em condições de luz direta e com alta angulação
solar, a iluminância captada é maior se comparada quando em condições de céu nublado, como
esperado. Verifica-se, porém, que em condições de luz difusa (linhas 5, 9 e 10) a capacidade de
transmissão do sistema aumentou. Ao analisar a tabela também se percebe a variação não
constante da quantidade de luz externa, devido às condições de céu parcialmente nublado. Isso
deve ser considerado ao projetar essas tecnologias, principalmente quando a variação do brilho não
for desejada internamente.