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(IPA) was investigated, the pozzolanic potential of LC3 from the Fratini method, the physical,

chemical and mineralogical characteristics of the residues, as well as resistance to axial

compression versus partial replacement of CP by CBW. In this way, it’s possible to attribute benefits

of the CBW to the alternatives studied, since it presented pozzolanic activity and resistance to axial

compression with potential of application in concretes usually produced with CP.

Keywords:

Clay Brick Waste, LC

3

, Alternative Materials, Civil Construction

1. INTRODUÇÃO

A crescente geração de CO

2,

associada ao consumo de cimento, que por sua vez, está vinculado

ao processo de fabricação do clínquer, tem sido alvo de diversos estudos envolvendo a viabilidade

de utilização de cimentos com baixo impacto ambiental. Segundo Cheah e Ramli (2012), no

contexto mundial, a indústria cimenteira está entre as maiores consumidoras de recursos

energéticos, bem como, de matérias primas, como o calcário. Desta forma, Ali, Saidur e Hossain

(2011) acreditam que, as indústrias cimenteiras sejam responsáveis pela emissão de

aproximadamente 7% de CO

2

, do total de emissões mundial. Com o intuito de reduzir as emissões

de CO

2

associadas ao processo de produção e ao consumo de cimento, algumas medidas podem

ser tomadas. Entre elas, está a incorporação de materiais pozolânicos ou materiais com

propriedades cimentantes, que visam a reduzir a proporção de clínquer a ser utilizado na fabricação

do cimento Portland. (MEHTA, 2004),.

Neste contexto, o RCV vem sendo estudado e analisado como material pozolânico, alternativo ao

cimento Portland, devido à sua grande disponibilidade no Brasil e devido seu satisfatório

desempenho no concreto, tanto no estado fresco, quanto no endurecido (GONÇALVES, 2005). No

que tange ao desempenho satisfatório da utilização do RCV, pode-se citar a durabilidade, uma vez

que, os materiais pozolânicos possuem capacidade de aumentar a resistência dos concretos à

longo prazo, reduzindo a permeabilidade do mesmo, e consequentemente, a entrada de agentes

agressivos. Neste quesito, os materiais pozolânicos suprem uma deficiência exposta por Mehta

(2004), em que a indústria da construção civil não é sustentável, devido a três fatores, sendo um

deles, a falta de durabilidade das estruturas.

O RCV, que é uma argila calcinada, é gerado a partir de rejeitos cerâmicos originários de indústrias

que utilizam principalmente argilas ilíticas como matéria prima (GONÇALVES E MOURA, 2007).

Pinto (2000) coloca que as argilas apresentam em sua composição química, basicamente

elementos como a sílica e a alumina, e estes elementos apresentam estruturas atômicas diferentes.

Amorim et al. (2000), complementam que, o aumento da superfície específica dos materiasi, implica

no aumento do grau de pozolanicidade, sobretudo, conferindo papel importante na reatividade dos

materiais com poder aglomerante. Ainda segundo os autores supracitados, a temperatura e o tempo

de queima também desempenham papel fundamental no índice de atividade da pozolana. De

acordo com Cordeiro e Désir (2010), a temperatura de queima do material influencia na sua

reatividade, em função do grau de desordem cristalina. Os resultados obtidos pelos autores ao

utilizarem argilas calcinadas, demonstram um decréscimo do índice de atividade pozolânica quando

a temperatura é mais elevada, embora os índices tenham ficado acima do limite previsto pela norma

de pozolanicidade.

A utilização do RCV em substituição parcial ao cimento Portland foi estudada por Bahiense et al.

(2008), que demonstraram que a presença do mesmo, resultou na melhoria das propriedades dos

concretos e argamassas estudados. Estes benefícios observados com a utilização do RCV, foram

associados ao efeito fíler, devido à alta finura do material incorporado, bem como, ao efeito

pozolânico do resíduo. O efeito pozolânico, ou atividade pozolânica, consiste, na capacidade do