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Em Florianópolis, por exemplo, a ONG Cepagro (CEPAGRO, 2016) iniciou em 2008 um projeto que
recolhe o resíduo orgânico de 200 famílias de um bairro popular, e o leva para uma minicentral de
compostagem, retornando o adubo pronto para plantios urbanos.
Neste tipo de compostagem é ideal dispor de resíduos orgânicos com menor teor de umidade, como
aparas de grama, podas, capim e serragem, para o controle do teor de umidade do material em
compostagem. Exemplos de alguns dos métodos potencialmente aplicáveis para a compostagem
comunitária é apresentado na Figura 6 (A, B e C).
Figura 6.
Exemplo de sistemas utilizados no processo de compostagem comunitária
A
B
C
Embora a operação de uma central comunitária seja muito simples, recomenda-se a supervisão da
prefeitura, na forma de apoio e treinamento. O composto produzido comunitariamente será usado
pelos participantes, doado, vendido ou trocado.
No caso de leiras, o tamanho do composto dependerá da quantidade de materiais orgânicos
disponíveis, mas nunca deverá medir mais que 2 metros de altura e 3 metros de largura, para que
um pouco de ar possa estar presente em seu interior (RIBEIRO, 2011)
Segundo a Organização Não Governamental (ONG) Agricultura Urbana (AGRICULTURA URBANA,
2016), geralmente, o composto terá 3 ou 4 vezes mais material vegetal (rico em carbono = palhas,
folhas etc.) do que animal (rico em nitrogênio = estrume). Um composto só de palha e outros
materiais ricos em carbono vai demorar muito para fermentar e se decompor e não se transformará
num adubo potente. Por outro lado, um composto feito só de materiais ricos em nitrogênio vai
apodrecer, soltar mau cheiro, e reduzir muito de tamanho. Também devem entrar no composto um
pouco de terra (até 5% do total) e um pouco de composto pronto, já preparado em outros montes
(até 15%).
4. CONCLUSÕES
As alternativas de compostagem anteriormente apresentadas evidenciam a possibilidade da
realização da compostagem caseira pela população, independente do perfil familiar, estrutura
disponível e/ou capacidade necessária.
Cabem às prefeituras tornarem mais evidentes e incentivarem a introdução deste tipo de sistema e
práticas junto às unidades familiares, visando minimizar a destinação da fração orgânica junto ao
RSU coletado diariamente.
Dado que alguns dos sistemas de compostagem caseiras necessitam de orientação técnica ou
financeira, as prefeituras devem avaliar, ainda, os custos e benefícios do incentivo a estas práticas
frente a outras possibilidades de minimização da destinação da fração orgânica para aterros junto
aos RSUs.