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homogeneizado a cada disposição de resíduos, aproveitando o estágio mais avançado de
decomposição do material mais ao fundo do recipiente, e ao final, deve ser coberto com terra. Esta
etapa auxilia ainda na oxigenação do composto, que é muito importante para o processo de
decomposição e para evitar mau cheiro (JAHNEL et. al., 1999).
De tempos em tempos deve-se pegar um pouco do composto e apertá-lo na mão para verificar a
umidade. A mão deve ficar úmida, mas não molhada. Se escorrer líquido, o composto está molhado
demais, então mais terra deve ser acrescentada para equilibrar a umidade. O recipiente deve estar
sempre coberto com um pedaço de tela fina para evitar a entrada de moscas ou outros insetos.
Para maximizar a entrada de oxigênio, essencial para o correto funcionamento do processo,
recomenda-se não tampar.
Vantagens: sem consumo de energia; pode ser elaborado com materiais caseiros simples; baixo
custo de aquisição.
Desvantagens: processo mais lento que o sistema contendo minhocas, logo necessita de mais de
um recipiente disponível até atingir a maturação do primeiro.
Uma maneira prática de acelerar o processo de decomposição é revirar o monte de 20 em 20 dias,
para renovar o estoque de ar à disposição dos micro-organismos. Após 60 ou 90 dias de formado,
o composto estará, em sua maior parte, transformado em húmus, porém, talvez, nem todos os
materiais nele misturados estarão completamente decompostos.
O composto pronto é solto, tem cor escura e cheiro de terra e quando esfregado nas mãos elas não
se sujam. Normalmente, o composto obtido por meio de compostagem doméstica leva cerca de 6
meses até 1 ano para que ocorra a estabilização do material.
3.4. Composteira Elétrica ou Automática
O aparelho funciona de forma similar aos outros métodos de compostagem, onde se colocam os
resíduos em pedaços pequenos, podendo ser adicionados alimentos cozidos, carnes e alguns
ossos, e com o calor produzido pela energia elétrica e o revolvimento da mistura de resíduos pelas
lâminas de agitação, que oxigena o composto pela aeração do mesmo, produz-se o composto em
forma de pó pronto para uso.
Dois modelos de composteiras elétricas estão mais difundidos no mercado. Um deles utiliza uma
terra com micro-organismos patenteados (RIBEIRO, 2011), que auxiliam a rápida decomposição do
material orgânico e o outro através da desidratação do resíduo (PANASONIC, 2016).
O aparelho funciona colocando-se alimentos crus ou cozidos, enquanto aquece e faz a mistura dos
alimentos. Após um determinado tempo o composto, em forma de pó, estará pronto.
A grande vantagem desse processo é que ele apresenta baixa restrição dos resíduos depositáveis,
podendo aceitar qualquer alimento, seja ele, cru ou cozido e também carnes e ossos. Também
possui um tempo de produção do composto muito rápido, de algumas horas a um dia. O aparelho
não necessita de conhecimento ou dedicação para seu manuseio e pode ser instalado em
praticamente qualquer lugar, pois é compacto. O desidratador possui um tempo de algumas horas
para produzir um adubo que pode ser utilizado em plantas e jardim, já o que é decomposto com a
terra necessita de um período de 24 horas para produzir o composto. Possibilidade de produzir até
8 quilos de composto em 24 horas. Não necessita de um espaço muito grande para a sua
instalação.
Porém, seu preço, gasto de energia, qualidade do composto não tão boa quanto um adubo ou
fertilizante, são desvantagens deste método de compostagem. AFigura 4 apresenta um exemplo de
composteira elétrica e a descrição de cada parte do equipamento.