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de procedimentos operacionais e mecanismos de controle do processo construtivo

(CABRAL, MOREIRA, 2011, p 09).

Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais

(ABRELPE, 2013), a quantidade total de Resíduos de Construção e Demolição (RCD) coletada por

dia no Brasil é de 106.549 toneladas. Essa geração de rejeitos é entendida como parte significativa

do total de resíduos gerados no espaço urbano referente a quaisquer setores. Estudos demonstram

que 40% a 70% da massa dos resíduos urbanos são gerados em canteiros de obras, conforme

observado por alguns pesquisadores como Hendriks (2000) e Pinto (1999). Segundo Blumenschein

(2007, p 05), “pode-se dizer que 50% do entulho são dispostos irregularmente na maioria dos

centros urbanos brasileiros de médio e grande porte”. Neto (2005) afirma que a grande quantidade

de geração desses resíduos está diretamente ligada ao grande desperdício de materiais de

construção que é produzido na realização dos empreendimentos da indústria da construção civil.

Torna-se evidente, então, a necessidade de políticas públicas visando o controle da coleta,

transporte e disposição final dos resíduos. Além disso, as necessidades de ordem econômica têm

incentivado a criação de alternativas para o tratamento desses resíduos, podendo assim ser

processado e reaproveitado na própria obra, agregando valor.

O gerenciamento inadequado de tais rejeitos e uma má destinação dos mesmos promovem

impactos negativos diretos no meio-ambiente e na saúde pública. Torna-se importante, então, um

maior planejamento no tocante da destinação de tais resíduos de forma a minimizar os impactos

ocorridos na atualidade. O correto manejo dos RCC tem como elemento norteador o diagnóstico da

atual situação desses resíduos no município. Não há como definir política pública, sem que se

conheça a realidade intrínseca de cada município, pois cada um tem suas particularidades

econômicas, sociais, culturais e construtivas que, de alguma forma, interferiram no tipo e quantidade

de RCC que esta cidade produz.

Baseado no princípio de que problemas de naturezas distintas necessitam de

soluções distintas, e que no caso da gestão de RCD há uma grande diferença entre

a geração, acondicionamento e transporte destes resíduos pelas grandes e pelas

pequenas obras, esta resolução prescreve a construção de um sistema de gestão

composto por um Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção

Civil que deverá conter as diretrizes técnicas e procedimentos para o Programa

Municipal de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e para os Projetos

de Gerenciamento

de Resíduos da Construção Civil a serem elaborados pelos

grandes geradores (CARVALHO, 2008, p. 51/52).

2. OBJETIVO

O presente trabalho tem como objetivo verificar a maneira através da qual o gerenciamento de

resíduos sólidos provenientes do setor da construção civil vem sendo realizado em diferentes

cidades brasileiras.

3. MÉTODO DE PESQUISA

A metodologia utilizada consistiu em uma revisão bibliográfica acerca dos principais conceitos

inseridos no contexto do artigo. Além disso, realizou-se a verificação de estudos de caso já

realizados no país, relativos ao intervalo de 1999 a 2013, nas cidades de Aracaju/SE, Belo

Horizonte/MG, Goiânia/GO, Santa Maria/RS, Salvador/BA e no Distrito Federal/DF devido à

importância econômica e social das mesmas nas regiões englobadas, bem como na qualidade dos