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conclusion, an analysis was carried out explaining the current scenario identified, as well as the main
management methods currently administered in the civil construction sector.
Keywords:
Sustainability; Construction sites; Solid Waste; Management.
1. INTRODUÇÃO
Ao longo dos anos, a sociedade vem explorando desenfreadamente os recursos naturais
disponíveis com o objetivo de produzir diferentes tipos de materiais. O crescimento populacional, a
industrialização, as novas tecnologias e o aumento do poder aquisitivo da população são agentes
fomentadores dessa exploração inconsciente. A partir deste cenário, observam-se grandes
alterações no meio ambiente, no que tange ao comprometimento da qualidade do ar, do solo e dos
recursos hídricos. Um dos grandes agentes que impactam no meio ambiente é a geração dos
resíduos sólidos urbanos (RSU) que, de acordo com Sissino e Oliveira (2000), devido à quantidade
e variabilidade dos elementos encontrados nos locais de sua disposição final vêm introduzindo uma
série de consequências à saúde pública. Dentre os resíduos sólidos urbanos, destacam-se os
resíduos da construção civil (RCC) também conhecidos como resíduos da construção e demolição
(RCD) ou “entulho”. Estes são provenientes dos serviços de infraestrutura urbana, como a execução
de novas obras, terraplanagem, demolições e reformas, prossegue o autor (2000).
Ainda que, atualmente, o ramo da construção civil contribua de maneira direta com o
desenvolvimento econômico e social do país, esta atividade ainda encontra-se intrinsecamente
ligada a grandes impactos ambientais através do seu alto consumo de recursos naturais, sua
dinâmica de modificação constante da paisagem e sua geração de resíduos. Este cenário evidencia
a geração de uma grande quantidade de entulho, confirmando o desperdício irracional de materiais
em todos os ciclos que compreendem a construção de uma edificação: extração, transporte e
utilização. Além disso, o descarte inadequado desses materiais sem que sejam segregados
corretamente promove a contaminação destes, que poderiam ser reciclados e novamente
empregados nas obras de engenharia com outros fins. De acordo com Lima e Lima (2012) a geração
de resíduos sólidos é proveniente, principalmente, de fatores como
(...) problemas relacionados ao projeto, seja pela falta de definições e/ou
detalhamentos satisfatórios, falta de precisão nos memoriais descritivos, baixa
qualidade dos materiais adotados, baixa qualificação da mão-de-obra, o manejo,
transporte ou armazenamento inadequado dos materiais, a falta ou ineficiência dos
mecanismos de controle durante a execução da obra, ao tipo de técnica escolhida
para a construção ou demolição, aos tipos de materiais que existem na região da
obra e finalmente à falta de processos de reutilização e reciclagem no canteiro
(LIMA, LIMA, 2012, p. 09).
Outro fator relevante no que tange os resíduos sólidos da construção civil é que estes têm se
tornado um entrave na administração pública em virtude da grande quantidade de resíduos gerados,
assim como da carência de locais adequados para sua deposição. Os elevados gastos por parte
dos órgãos governamentais empregados na limpeza e remoção desses resíduos de locais
inadequados, bem como da construção de um local apropriado para receber os mesmos, é hoje um
dos grandes problemas enfrentados pelos governantes (CARVALHO, 2008).
De modo geral, os níveis tecnológicos da região e da construtora influenciam
diretamente no volume de resíduos gerados, pois levam em consideração a
qualidade dos materiais e componentes; a qualificação da mão-de-obra; existência