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environmental education, food safety, the development of local economies and, last but not least,

the opportunity to create healthy spaces for leisure and recreation. The main goal of this paper is

the development of an approach to identify optimal areas for urban agriculture establishment and

maintenance, embedded in the urban planning context of small cities, besides contributing to the

definition of more sustainable standards of territory uses. Methodologically, a literature revision

associated to the subject was carried out for its application in the municipality of Feliz, State of Rio

Grande do Sul. The contribution of the study is the proposition of strategies in order to assist decision

making, regarding the implementation of urban agriculture embodied in sustainable urban planning,

being particularly related to the reality of small municipalities. The results of the study allow

identifying urban agriculture as a local economy booster, in addition to contributing to a more efficient

urban food supply system.

Keywords:

urban agriculture; sustainable development; sustainable urbanism; urban food

production; community gardens.

1. INTRODUÇÃO

Por milhares de anos, a relação entre a comunidade e a agricultura era simples - onde quer que

houvesse um assentamento humano, havia também o cultivo de alimentos para suprir a demanda

local da população (MCLENNAN, 2010). Apenas muito recentemente na história humana (menos

de 200 anos, nas sociedades mais industrializadas) e realmente só nos últimos 80 – 100 anos, para

a maioria da humanidade, as fontes de alimento foram separadas das cidades e da vida cívica e

cultural das pessoas (MCLENNAN, 2010; GORGOLEWSKI et al., 2011). Esse fato foi decorrência

do avanço e da ampliação no uso de meios de transportes, capazes de percorrer distâncias cada

vez maiores, em um tempo cada vez menor.

Muitos aspectos comprovam a insustentabilidade das atuais formas de produção e comércio de

alimentos, onde o modelo agrícola industrial dominante, operado em grande escala, compromete a

produtividade natural e cíclica do solo, contribuindo para sua deterioração e reduzindo a sua

fertilidade (FREUDENBERGER; WEGRZYN, 1994; VILJOEN, 2005). Além disso, apesar da

tendência crescente de produção de alimentos orgânicos, os alimentos supridos globalmente à

população estão cada vez mais contaminados com substâncias tóxicas (POLLAN, 2008;

MCLENNAN, 2010).

No entanto, segundo Gittleman (2009) há um movimento de retorno à produção de alimentos onde

a maioria da população mundial habita, ou seja, para o interior das cidades, tanto com a finalidade

de reduzir os impactos ambientais da agricultura industrial, quanto para proporcionar o acesso

equitativo a alimentos mais saudáveis e com preços mais acessíveis.

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação tem estimulado a agricultura

urbana e periurbana desde 1999, quando foi reportado que 800 milhões de pessoas, em todo o

mundo, estavam envolvidas com a produção de alimentos e com a criação de pequenos animais

dentro ou próximo dos limites urbanos (FAO, 2014).

A AU contribui para a segurança alimentar nas cidades, principalmente nas áreas urbanas mais

carentes, onde a desnutrição pela dificuldade de acesso a alimentos saudáveis, devido aos preços

elevados, constitui-se em das preocupações mais significativas (CORBOULD, 2013), já que as

famílias urbanas pobres gastam até 80% de sua renda em alimentos (FAO, 2012).

Assim, à medida que planejarmos as cidades e os bairros do futuro – para serem "vivos e mais

sustentáveis" – é fundamental que nos questionemos, ao mesmo tempo, sobre como e onde