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alimentos na cidade. A Horta das Corujas foi a primeira que resultou desse envolvimento coletivo,

na praça Dolores Ibarruri, região de Vila Madalena. O local abrange uma área de 800m² com

culturas diversas e tem acesso a água potável. Horta é aberto a todos com uma pequena cerca

para impedir a entrada de cães. Recebeu apoio do Município de Pinheiros (Figura 3).

Figura 3.

Agricultura urbana em São Paulo, Brasil.

3.2.2 Agricultura urbana de subsistência em Belo Horizonte e Rio de Janeiro

No entanto, em outras cidades acontece o contrário, como é o caso de Belo Horizonte, no Brasil,

onde a produção agrícola é reconhecida como um uso legítimo da utilização do solo e está sendo

promovida para a política de agricultura urbana do governo municipal que vê como uma contribuição

para o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade. O número de pessoas com "falta de

confiabilidade alimentar" baixou de 50 para 30 mil desde que em 1998 a cidade começou a

desenvolver a agricultura urbana na sexta maior cidade do Brasil. Atualmente, a cidade conta com

233 sítios agrícolas desenvolvidos no âmbito do Programa de Agricultura Urbana e Periurbana

apoiado por uma instituição governamental criada para promover a segurança alimentar (FAO,

2014).

Algumas favelas do Rio de Janeiro possuem programas municipais de agricultura urbana. O

chamado projeto "Hortas Carioca" reduziu os índices de ocupação irregular de terras abandonadas,

elevando os níveis de inclusão social e aumentando a segurança alimentar. Há 30 locais espalhados

pela cidade - em locais como o Morro da Formiga, na Tijuca, e o conjunto de favelas de Manguinhos,

ambos na Zona Norte - que estimulam a prática da agricultura urbana e oferecem alimentos de

qualidade e com o custo acessível. (Figura 4).