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Uma observação merece destaque: a agricultura urbana para ter êxito, no projeto, ela deve ser
considerada em pequena escala produtiva. Reconhecer que este tipo de prática tem mais inclinação
educacional e ambiental do que a oferta potencial, mas para ganhar escala de produção, o estímulo
da gestão pública é essencial. As casas e empresas que deveriam ter baixado o Imposto de
Propriedade no caso de compostarem seus resíduos orgânicos. Outra ideia seria a distribuição de
mudas em estufas municipais orgânicas (atualmente desativadas) para agricultores periurbanos e
inclusão de horticultura no currículo das escolas.
A poluição urbana do jardim é um problema sério que muitos jardineiros entusiásticos não fazem
exame na consideração. Antes de algum plano em seu jardim urbano, ter tempo para pensar sobre
os efeitos de poluição muitos em jardins da cidade.
No contexto do conceito proposto por Bohn e Viljoen (2005) sobre a CPUL (Paisagem Urbana
Produtiva Contínua), a agricultura em áreas urbanas é integrada num quadro mais amplo de
infraestruturas verdes em espaços designados num plano de zoneamento. Esta natureza
espontânea é de alto valor em termos de sentido de lugar (Andersson et al., 2007) e de construção
de comunidades, uma vez que envolve a participação direta de moradores da cidade que gerenciam
seus ambientes urbanos (Travlaine e Hunold, 2010). Mais recentemente, esses espaços tornaram-
se também uma arena para o ativismo político (MÜLLER, 2011).
Não podem ser separados de seu contexto sociopolítico mais amplo ou das múltiplas formas
contrastantes e sobrepostas que as pessoas usam, valorizam e percebem (Lefebvre, 1991). Central
para este entendimento é que o espaço, e, portanto, o espaço público resulta de processos sociais
complexos nos quais uma grande variedade de forças e atores interagem, combinam, conflitam e
oprimem, para determinar como uma área urbana se desenvolve (MASSEY 2005; CHILEERI 2013).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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