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engineers. At the same time, for society, Engineers Without Borders aim to contribute to the

sustainable solution or minimization of the problems faced by communities characterized by extreme

poverty, which do not have minimal conditions for human development. In this way, this article aims

to present activities developed in projects of the Engineers Without Borders local chapters distributed

throughout Brazil, portraying their impact on social and academic development and showing the

results achieved and the application perspectives, in order to disseminate this type of initiative.

Keywords:

Engineers Without Borders; Social development; Academic development; Poor

communities

1. INTRODUÇÃO

A palavra “engenharia” possui diversas definições que variam de entidade para entidade. Isso

ocorre porque cada entidade engloba as peculiaridades específicas de sua área. Apesar disso,

existe um consenso comum de que a engenharia se trata da “aplicação de fundamentos científicos

para a solução de problemas práticos da sociedade” (MANCIO, et al., 2014). Em suma, pode-se

dizer que a ciência aplicada, a solução de problemas e o aspecto social compõe o tripé fundamental

que deve embasar a formação do engenheiro.

Entretanto, Mancio et al., (2014) colocam que é justamente na ligação entre teoria e prática, na

conexão entre a aquisição de novos conhecimentos e sua aplicação, que se encontra um dos

principais desafios enfrentados pelos cursos de engenharia.

Além disso, um dos componentes da engenharia que vem se tornando cada vez mais importante é

a questão da sustentabilidade ambiental, social e econômica. Porém, a discussão sobre o grande

impacto que os profissionais do ramo podem ter na solução de problemas e na melhoria das

condições de vida das pessoas são abordados, muitas vezes, apenas de maneira informal ao longo

do curso. (UNESCO, 2010).

A organização não governamental (ONG) Engenheiros Sem Fronteiras (ESF) visa estimular os

estudantes e dar condições para que estes coloquem em prática os conhecimentos adquiridos em

sala de aula ao longo do planejamento e durante a implantação de projetos de colaboração técnica

que possam fazer a diferença na vida de pessoas que vivem em condições de extrema pobreza,

trazendo melhorias social e ambientalmente sustentáveis. (MANCIO et al., 2014).

Organizações semelhantes a esta também se destacam pelo trabalho de grande alcance que vêm

apresentando, com é o caso dos Arquitetos Sem Fronteiras e do mais conhecido Médicos Sem

Fronteiras, que buscam integrar principalmente profissionais para enriquecer seus projetos (ASF,

2017; MSF, 2017).

2. OBJETIVO

O presente artigo tem por objetivo apresentar a ONG Engenheiros Sem Fronteiras e destacar

algumas das atividades desenvolvidas em projetos de núcleos distribuídos pelo Brasil, retratando

seu impacto no desenvolvimento social e acadêmico, mostrando os resultados alcançados, de modo

a disseminar este tipo de iniciativa.

3. ORIGEM DOS ENGENHEIROS SEM FRONTEIRAS (esf)

O surgimento inicial dos Engenheiros Sem Fronteiras aconteceu na França no início dos anos 80,

através de um professor e dois estudantes da Escola Nacional de Pontes e Estradas. Estes foram

convidados a realizar uma assistência técnica em um projeto de abastecimento de água na Etiópia.

Assim que retornaram ao seu país de origem, em 1982, oficializaram a fundação do Ingénieurs sans

frontières (ISF-France), inspirados na iniciativa humanitária “Médicos Sem Fronteiras” (ISF-

FRANCE, 2016).