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Desde a formação dos primeiros grupos nos anos 80 e 90, a rede ESF foi expandida e atualmente
está presente em aproximadamente 60 países. (EWB-INTERNATIONAL, 2016). Com o surgimento
de diversos núcleos por todo globo, se fez necessária a criação de uma rede unificadora que
englobasse todas as associações. Deste modo, surgiu o Engineers Without Borders International
(EWB-International), uma organização com o objetivo de estimular o intercâmbio de ideias e projetos
entre as diversas instituições e conectar os profissionais para contribuir com a criação de uma nova
geração de engenheiros, mais preocupada com as causas sociais e mais atuante no cenário
mundial. (ESF-BRASIL, 2016). A Figura 9 apresenta a presença global da rede internacional em
2014.
Figura 9.
Presença global do
Engineers Without Borders em 2014
Fonte: EWB-International (2014)
Unidos pela visão comum e pela colaboração internacional entre membros, em cada país os grupos
se organizam em subdivisões denominadas núcleos (ou
local chapters
, na denominação em inglês),
espalhados por diversas regiões, cidades ou universidades. O propósito central dos núcleos
consiste em conectar comunidades em desenvolvimento que têm necessidades específicas de
infraestrutura a engenheiros e estudantes, de forma que estes possam, juntamente com a
comunidade, projetar e executar soluções sustentáveis. Deste modo, as ações dos ESF constroem
um mundo melhor através de projetos de engenharia que permitem que as comunidades tenham
suas necessidades humanas básicas atendidas ao mesmo tempo em que equipa líderes para
resolver os desafios mais urgentes do mundo. (EWB-USA, 2016).
Atualmente, a associação mais ativa e com maior impacto no desenvolvimento social é o
Engineers
Without Borders – United States of America (
EWB-USA
)
, que conta com aproximadamente 16.500
voluntários atuantes e já realizou mais de 600 projetos em 42 países, tendo impactado mais de 2,5
milhões de pessoas (EWB-USA, 2016). Essa organização desenvolve seus diversos projetos em
setes áreas prioritárias, a saber: (1) fornecimento de água potável, (2) saneamento, (3) obras civis,
(4) energia elétrica, (5) estruturas, (6) sistemas de informação, e (7) agricultura e irrigação (MANCIO
et al, 2014), conforme ilustrado na Figura 10.