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2. OBJETIVO
Avaliar a eficiência energética dos terminais de passageiros do Aeroporto Internacional de Porto
Alegre/Salgado Filho, em Porto Alegre, Brasil.
3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DAS EDIFICAÇÕES
A eficiência energética das edificações pode ser entendida como um atributo da edificação que
relaciona seu potencial de conforto térmico, visual e acústico com um consumo de energia
reduzido ((LAMBERTS; DUTRA; PEREIRA, 2013).
Braun, Jardim e Rüther (2007) desenvolveram estudo sobre o potencial da geração fotovoltaica
integrada a complexos aeroportuários, o que viabilizou a celebração de um Termo de Cooperação
Técnica entre a Infraero e a UFSC, visando integrar aos aeroportos a utilização da energia solar
como fonte de energia alternativa.
O Grupo de Estudos e Desenvolvimento de Alternativas Energéticas (Gedae) da Universidade
Federal do Pará também desenvolveu um trabalho nessa mesma linha utilizando o Aeroporto
Internacional de Val-de-Cans, em Belém/PA como objeto de estudo (SANTOS, PINHO e
MACEDO, 2008). Além desses estudos, Soares e Santos (2013) analisaram o terminal de
passageiros do Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais/PR, visando a
obtenção da etiqueta nacional de eficiência energética, nível “A”, segundo o método do PROCEL
Edifica. O trabalho aponta a classificação o edifício pelo método PROCEL Edifica e lista
recomendações para novas contratações de forma a atender aos requisitos da etiquetagem.
O sistema BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method), do
Reino Unido, foi o pioneiro e que lançou bases para a fundamentação dos demais sistemas
voltados para o mercado (OLIVEIRA, 2014). Em 1998, foi lançado nos EUA o sistema de
certificação ambiental de edifícios LEED, que com o tempo tornou-se o sistema de maior
reconhecimento e de maior aplicação a nível mundial (SILVA, 2007). O Selo Procel de Economia
de Energia tem como finalidade proporcionar a avaliação da eficiência energética, através de uma
ferramenta simples e eficaz que permite ao consumidor conhecer, entre os equipamentos e
eletrodomésticos à disposição no mercado, os mais eficientes e que consomem menos energia
(PROCEL, 2015 ).
A Figura 1 apresenta o modelo da etiqueta nacional de conservação de energia. Um dos
principais focos da eficiência energética em edifícios é a economia no uso de energia -
especialmente a energia proveniente de fontes não renováveis - sem o comprometimento dos
níveis de saúde, conforto e produtividade. Ou seja, utilizar menos energia no uso diário da
edificação, no entanto, mantendo construções de igual ou melhor qualidade. A introdução de
ferramentas de análise auxilia o diagnóstico e incentiva a busca pela melhor qualidade e
desempenho sustentável do edifício, através de intervenções conscientes e planejadas (PROCEL,
2015).
O RTQ-C é o documento que contém os quesitos necessários para classificação do nível de
eficiência energética do edifício. Propõe que seja aplicada uma metodologia específica para cada
um dos três critérios – Envoltória, Iluminação e Condicionamento de Ar - avaliados no processo de
classificação energética e obtenção da ENCE (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia). A
classificação geral da edificação é calculada de acordo com a ponderação do equivalente
numérico para cada um dos seus sistemas avaliados, sendo 30% para a envoltória e 30% para o
sistema de iluminação e 40% para o sistema de condicionamento de ar ( PROCEL, 2015).