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systems, followed by analysis and classification by PROCEL Constructs method. The results
pointed to the overall classification of the building as C at terminal 1 and classification A at terminal
2. Lighting and air conditioning systems were rated below level A and from the identification of
unmet items of the method, actions were proposed to reduce energy consumption at the airport
with the analysis of the economic viability of these proposals.
Keywords:
Energy efficiency, Airports, PROCEL Edifica
1. INTRODUÇÃO
O tema da sustentabilidade tem sido amplamente discutido por diversas áreas de governo e
pesquisa, no intuito de minimizar os impactos gerados pela sociedade ((CARVALHO; CURI; LIRA,
2013). A construção de edifícios eficientes é uma alternativa importante visando reduzir os
impactos da ocupação urbana no meio ambiente. A eficiência energética das edificações pode ser
entendida como a manutenção do potencial das edificações em possibilitar conforto térmico, visual
e acústico com baixo consumo de energia (LAMBERTS, DUTRA, PEREIRA, 2013).
Desta forma, a eficiência e a otimização de recursos na operação aeroportuária ganham caráter
estratégico para a evolução do negócio aeroportuário e o consumo de energia é parte importante
nesta questão.
No Brasil, por exemplo, o transporte aéreo passou por um crescimento médio de 13,1% ao ano na
última década. No mesmo período, o crescimento médio da economia brasileira foi de 3,5% ao
ano. Entre empresas nacionais e estrangeiras foram realizados mais de 1,09 milhões de voos no
país, o que representou um aumento de 81% nos últimos 10 anos (ANAC,2014).
As primeiras construções ligadas à aviação foram os hangares. Eles aparecem antes mesmo dos
primeiros aeródromos (ou pista de pouso), uma vez que foram construídos para abrigar os balões
ou dirigíveis (SALGUEIRO, 2006). Segundo Andrade (2007), a função do terminal de passageiros
não se limita somente à transferência de passageiros entre dois sistemas de transportes. Com o
desenvolvimento do transporte aéreo e o crescimento do número de passageiros que se utilizam
desse meio de transporte, outras funções foram sendo incorporadas e assumindo importância
tanto pelo que significam a conveniência dos passageiros quanto os que representam para a
economia dos aeroportos.
Os terminais são grandes consumidores de energia, para alimentar instalações de
condicionamento de ar, iluminação das áreas internas e externas, equipamentos operacionais
(bagagens, esteiras, escadas rolantes e painéis indicadores), considerando utilização 24/7
(around the clock service). Os aeroportos modernos assemelham-se aos shopping centers,
oferecendo um extenso rol de serviços, que incluem uma variedade de estabelecimentos
comerciais e de alimentação. Com base nisso, os projetos de novos aeroportos têm na utilização
de iluminação natural seu principal foco, principalmente no saguão de embarque, onde estruturas
metálicas permitem grandes vãos, criando um espaço amplo e bem iluminado. Essa estratégia de
projeto permite menor utilização da iluminação artificial. Em contrapartida, a iluminação natural
está vinculada ao aquecimento solar, e exige um maior volume de condicionamento ativo do ar
interno. Parte da questão pode ser abordada com o cuidado na especificação dos vidros, optando-
se por configurações que tenham capacidade de filtrar raios ultravioleta e controlar a entrada de
luz e calor, mas ainda existe a necessidade de reduzir o consumo de energia de outras utilizações
(FLEMMING e QUALHARINI, 2010).
Como consequência destes elementos, o consumo de energia também se ampliou
significativamente. E é interessante avaliar a eficiência energética dos terminais de passageiros.
Seguindo este contexto, o objetivo do trabalho é avaliar do Aeroporto Internacional Salgado Filho,
em Porto Alegre, Brasil, analisando algumas propostas para redução do consumo de energia.