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Quadro 2.
TS para Redução de Vulnerabilidades Socioambientais: etapas, atividades e objetivos
ETAPA
ATIVIDADES
OBJETIVO
Sensibilização
Visão de futuro para a comunidade/
Integração dos moradores
Manifestação de cada morador sobre
o que deseja para sua comunidade.
Localização da moradia no tabuleiro*
(adesivo sobre a edificação e legenda)
Familiarização dos moradores com o
tabuleiro e identificação da moradia
dos participantes.
Localização dos lugares importantes
(adesivo no local ou indicando a direção,
e legenda)
Identificação dos pontos de interesse
dos moradores, podendo ser de uso
privado ou público.
Elementos do ambiente natural e
construído (cada elemento em uma
tarjeta, classificados por semelhança)
Identificação de elementos presentes
na comunidade. Posteriormente, serão
relacionados aos riscos.
Mapa interativo
(diagnóstico)
Identificação de riscos e possíveis causas
(cada “risco” e “causa” em uma tarjeta).
A partir da visão de cada morador.
Mapeamento dos riscos (cada morador
localiza, com um adesivo numerado, cada
risco. O mesmo número é colocado na
tarjeta)
Localização dos riscos no tabuleiro.
Com a interação do grupo, podem ser
identificados outros locais como o
mesmo problema.
Atribuição de
responsabilidades
Interlocução conduzida pela equipe de
pesquisadores (riscos e causas são
apresentados em cartazes e lidos)
Fruto da reflexão coletiva, a atribuição
de responsabilidades embasa o
planejamento de ações futuras.
Capacitação
Qualificação da percepção de risco -
abordagem das lacunas identificadas
pelos pesquisadores, através de palestra,
apresentação de vídeo, jogo, visita de
campo, etc.)
Acessar informação aos moradores
para contribuir na compreensão sobre
as risco e/ou vulnerabilidades que não
foram identificados.
Planejamento
Ações e atitudes (em grupos, os
moradores discutem o que fazer, como e
parcerias)
Planejamento de ações e atitudes que
atendam às demandas levantadas, em
curto, médio e longo prazo.
*Denomina-se “tabuleiro” um painel constituído pela imagem aérea da comunidade, identificação do projeto
e espaço para legenda, sendo a base para o mapeamento interativo das vulnerabilidades socioambientais.
O acompanhamento dos desdobramentos pós oficinas assume importância, na medida em que se
constitui em indicador da eficácia do processo desenvolvido.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os riscos e vulnerabilidades apontados pelos moradores no território de abrangência da
comunidade (tabuleiro) resultam na formatação do mapa interativo, que se torna uma importante
expressão do diagnóstico focado nas temáticas abordadas nas oficinas. Posteriormente ao
mapeamento elaborado pelos moradores, os pesquisadores classificam as questões levantadas em
categorias para a análise, o que possibilita a identificação clara das principais fragilidades presentes
na comunidade e sua abrangência, além de permitir a visualização dos locais com maior
vulnerabilidade. As categorias resultam da identificação de questões que podem ser classificadas
por temáticas, e são específicas de cada comunidade, visto que refletem uma realidade específica.
No próximo encontro, a categorização é apresentada e discutida com os moradores. O mapa
interativo pode constituir-se em um instrumento de poder (conhecimento) para interação da
comunidade com setores ligados à gestão das políticas públicas e com a sociedade civil.