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Uma vez que Indicadores de Vulnerabilidade (IV) possam ser entendidos como ferramentas de
medição de aspectos de interesses específicos que estejam relacionados à vulnerabilidade frente
às ameaças de processos perigosos (SILVA FILHO et al, 2015), o processo apresentado na
Figura 1 deste artigo apresenta suas fases. Foi necessária uma ampla revisão bibliográfica de
publicações nacionais e internacionais, em que foram levantados 204 indicadores de
vulnerabilidade, para atender as mais diversas demandas. Esses IV foram categorizados em 15
dimensões, conforme listado a seguir: social; ambiental; econômica; saúde; educação;
capacidades; infraestrutura; governança; institucional; tecnológica; geológica; geográfica;
meteorológica; impacto de desastre; e habitat. Entretanto, muitas dessas categorias se mostraram
não muito apropriadas ou relevantes ao contexto dos processos perigosos considerados no
Projeto Mapeamento de Vulnerabilidades - inundações, enxurradas e movimentos de massa -
assim como aos 8 municípios gaúchos participantes deste projeto - Sapucaia do Sul, Novo
Hamburgo, Rolante, Igrejinha, Encantado, Estrela, São Lourenço do Sul e Capão do Leão.
Portanto, de acordo com consensos chegados através de debates interdisciplinares entre
membros do CEPED/RS-UFRGS - pesquisadores e especialistas em assuntos correlatos ao tema
de desastres decorrentes de processos perigosos em questão - subsequentes a este
levantamento, ficou definido que, para o Projeto
Mapeamento de Vulnerabilidades de Áreas
Suscetíveis a Deslizamentos e Inundações em 8 Municípios Gaúchos
foram identificadas 5
dimensões a serem consideradas, levando em consideração os elementos expostos do território,
como mostra a Figura 2: física; social; infraestrutura; capacidade de resposta; e perigo. A
dimensão física se mostra fundamental para a avaliação dos aspectos das construções expostas
aos processos perigosos em questão. A dimensão social se mostra necessária para avaliar as
condições de fragilidades sociais das pessoas que ocupam as áreas de risco. A infraestrutura se
evidencia pela qualificação do tratamento urbano que interferem no desencadeamento de
processos perigosos e no enfrentamento das situações adversas. A capacidade de resposta
apresenta como as organizações locais e institucionais estão preparadas para responder e
atravessar as calamidades. Já dimensão perigo cumpre as questões dos processos perigosos em
si que ameaçam as populações das áreas de risco.
Figura 2.
Dimensões de vulnerabilidade dos elementos expostos
PERIGO
FÍSICA
CAPACIDADE
DE RESPOSTA
INFRA-
ESTRUTURA
SOCIAL
ELEMENTO
EXPOSTO
Com o intuito de subsidiar as 5 dimensões designadas para esta metodologia, 11 Indicadores de
Vulnerabilidade (IV) foram definidos, de acordo com as demandas estabelecidas para o projeto
Mapeamento de Vulnerabilidades. O Quadro 1 mostra as justificativas de cada IV para a sua