328
sombreamento não apresentou nenhuma influência sobre a variação de temperatura. O aumento
das dimensões das esquadrias na fachada norte resultou nos piores resultados de desempenho
dentre as situações analisadas.
5. CONCLUSÃO
As simulações térmicas foram realizadas para avaliar a eficiência das estratégias de projeto no
desempenho térmico de uma edificação composta por três salas de aula. Foram avaliadas 5
combinações da edificação, de modo a verificar a eficiência de cada uma das estratégias e a sua
combinação. Os sistemas construtivos empregados na edificação são considerados convencionais
e consistem em paredes de alvenaria com revestimento argamassado, cobertura com laje de
concreto armado e cobertura em telhas de fibrocimento. As simulações realizadas consideraram
apenas a zona bioclimática brasileira ZB2, onde a edificação está inserida.
O critério para análise dos resultados estabelecido pela norma de desempenho se mostrou mais
adequado para avaliar o desempenho térmico da edificação. Pode-se concluir ainda que a
utilização de janelas na fachada sul foi a estratégia de projeto que resultou nos melhores níveis de
desempenho e que a edificação poderia ter um melhor desempenho térmico se as janelas na
fachada norte não existissem. No entanto, ainda seria necessário aplicar alguma solução para
melhorar o desempenho da sala na extremidade leste no verão, que não atendeu ao nível mínimo.
Os índices de conforto térmico adaptativo possuem restrições na determinação do conforto
térmico. Contudo, seu uso para a análise de estratégias passivas de conforto permite um estudo
mais aprofundado da edificação durante as fases de projeto, principalmente se aliadas a outros
métodos de desempenho e conforto térmico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 15220-1: Desempenho
térmico de edificações – Parte 1: Definições, símbolos e unidades. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
_____. NBR 15220-2: Desempenho térmico de edificações – Parte 2: Métodos de cálculo da
transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e
componentes de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
_____. NBR 15220-3: Desempenho térmico de edificações – Parte 3: Zoneamento bioclimático
brasileiro e diretrizes construtivas. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
_____. NBR 15575-1: Edificações habitacionais – Desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013.
BRASIL. Eficiência energética em habitações de interesse social. Caderno 9. Brasília: Ministério
das Cidades/Ministério de Minas e Energia, 2005.
INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS (IPT). Avaliação do desempenho térmico e
energético de edificações e projetos. Disponível em: <
www.ipt.br> Acesso em: outubro de 2016.
FERREIRA, C. C.; SOUZA, H. A. de. Avaliação da aplicabilidade de índices de conforto adaptativo
para o caso brasileiro. In.: XII Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído, VIII
Encontro Latino-americano de Conforto no Ambiente Construído. Anais ..., Brasilia, 2013.
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo:
PW Editores, 2014.
OKEIL, A. A holistic approach to energy efficient building forms. Energy and Buildings, v. 42, n. 9,
p. 1437-1444, abr. 2010.