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3.2 Elementos estudados
Foram avaliadas, além da situação real, a utilização de sombreamento, ventilação cruzada e
iluminação natural pela fachada sul. Ao todo, foram avaliadas 5 situações diferentes de projeto,
combinando-se situações em que a edificação pudesse ser concebida sem considerar as
estratégias de projeto adotadas, conforme ilustrado no Quadro 2.
Quadro 2.
Situações analisadas nas simulações
COMBINAÇÃO DE SITUAÇÕES
SIMULAÇÃO
FACHADA NORTE
FACHADA SUL
1
Situação real
2
Situação real sem o sombreamento dos pilares
3
Situação real sem ventilação cruzada (janelas fachada norte)
4
Situação real sem o sombreamento dos pilares e sem ventilação cruzada (janelas
fachada norte)
5
Situação real sem o sombreamento dos pilares e com as janelas da fachada norte no
mesmo tamanho das janelas da fachada sul
3.3 Parâmetros de modelagem e simulação
Utilizou-se para simulação computacional o software Energy Plus (versão 8.1) e para modelagem
da edificação foi utilizado o plug-in OpenStudio para o Google SketchUp 8. O algoritmo de solução
utilizado foi o Conduction Transfer Function (CTF), o qual considera apenas a troca de calor
sensível, desconsiderando o armazenamento e difusão de umidade nos sistemas construtivos. Os
arquivos climáticos utilizados (TRY) foram elaborados a partir de dados horários, registrados em
estações climatológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) entre 2000 e 2010.
As simulações realizadas consideraram e edificação na zona bioclimática brasileira ZB2, na qual a
cidade de São Leopoldo está inserida, de acordo com a NBR 15220-3 (ASSOCIAÇÃO..., 2005).
Como a cidade não possui dados climáticos para possibilitar a simulação térmica, os dados
climatológicos adotados são da cidade de Santa Maria/RS, cidade localizada na ZB2. Considerou-
se que todas as janelas possuíam 50% de abertura, de modo que se pudesse verificar a influência
da estratégia de ventilação cruzada no resfriamento da edificação. No que se refere ao nível de
absortância da superfície dos sistemas construtivos, adotou-se 0,3 (cores claras) para as paredes
rebocadas e 0,5 (cores médias) para as paredes de tijolo à vista e sistema de cobertura. Para as
esquadrias sem abertura e para a porta, foi adotado o nível de absortância de 0,9 (cores escuras).
O padrão de ocupação utilizado foi trinta usuários por sala, sendo que a atividade desenvolvida
pelos usuários foram baseadas na ISO 7730 (2005), definindo-se 60 W/m² para a sala.