276
energético da etapa de transporte, variando 61% entre cenários com a telha termo acústica e 58%
nas telhas cerâmicas, verificando que as distâncias percorridas pelos materiais impactam
significativamente. Nota-se maior complexidade no desenvolvimento da pesquisa, uma vez que
dentro da metodologia aplicada foram inseridos parâmetros de desempenho térmico relacionados
a NBR 15.575 (2013) e NBR 15.220-2 (2005), além da estimativa de consumo da residência na
fase operacional. Os resultados indicaram que o uso da laje de concreto aumenta
significativamente a energia na fase de pré-uso e quando comparados, os quatro cenários
apresentam variações inferiores a 10%.
C. Sistema Construtivo Casa Express (ACVCO2) -
A pesquisa de Lira et al (2016) com o
sistema construtivo Casa Express em Teresina (PI) abordou a aplicação da metodologia de ACV
CO2, onde o enfoque é a medição das emissões de CO2 e seus impactos em termos de
aquecimento global. A metodologia utilizada desenvolveu-se através da comparação do sistema
utilizado Casa Express com o sistema construtivo convencional de blocos de cerâmica furados,
dividindo o estudo em duas etapas: verificação do atendimento de desempenho térmico nesses
sistemas e avaliação do ciclo de vida de emissões de CO2 nas fases de pré-uso e operação. Para
a primeira etapa, os autores utilizaram como referência as normas NBR 15.575-4 (2013) e NBR
15.220-2 (2205). Já na segunda etapa, tiveram como base equações e o apoio do software
Design Builder associado ao EnergyPlus, software recomendado pela Norma de Desempenho e o
Procel Edifica em simulações, além da consulta a literatura existente na busca de dados de
consumo de combustível e equipamentos utilizados na fase de execução dos sistemas. Verificou-
se neste estudo de caso que a quantidade de emissões do sistema Casa Express foi superior ao
sistema convencional, chegando a uma diferença total de 33%, onde somente o sistema
convencional atendeu aos valores de transmitância e o sistema Casa Express não.
D. Sistemas Comparativos de Paredes (ACV-m) -
A pesquisa de Miranda e Yuba (2016), em
comparação realizada entre edificações similares (blocos cerâmicos alveolares, blocos de
concreto e concreto moldado em loco) e as paredes de taipa construídas no campus da
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, MS, tem como perspectiva a
aplicação da ACV-m, método simplificado voltado para a construção civil, contemplando 4
vertentes para a avaliação: CO
2
, energia, água e matérias-primas (ABPC, 2016). Várias fontes de
dados foram utilizadas para realização da ACV-m, como dados de literatura, medições in loco,
documentos e manuais técnicos. Ao final da análise, é apresentado um ranking dos impactos dos
sistemas construtivos em cada indicador analisado.
E. Sistemas Construtivos Sustentáveis -
Freitas, Schmid, Silva (2016) adotaram a aplicação da
CVE (Ciclo de Vida das Edificações) associada ao conceito de “Ciclo de Vida Técnico”, onde
foram comparados cinco sistemas construtivos utilizados em projetos desenvolvidos por equipes
de alunos de uma disciplina de pós-graduação para um Módulo Escolar Emergencial: um
tradicional (alvenaria) e os outros quatro sistemas menos convencionais (steel frame, madeira,
wood frame e container). O CVE (Ciclo de Vida Energético), com a análise dos impactos
ambientais ao longo do ciclo de vida, priorizou o inventário de dados de consumo energético,
diretos e indiretos, determinando os seguintes insumos energéticos: Energia Embutida Inicial
(EEi), Energia Operacional (EO) e Energia Embutida de Manutenção (EEmanutenção). Uma vez
relacionados as composições de materiais de cada sistema, foram estimados o ciclo de vida
técnico de cada etapa em cada sistema, utilizando como referência dados da InterNACHI
(Internacional Association of Certified Dome Inspectors).Concluiu-se, através das avaliações
realizadas, alguns pontos relevantes: a Energia Embutida Inicial (EEInicial) corresponde a maior
parcela de consumo em todos projetos; o consumo energético anual diminui conforme o aumento