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services, is widely used in order to define the environmental profile of a good, product or process,
analyzing flows of matter and energy involved. Evaluation methodology “from cradle to the grave”,
when incorporated into the civil construction and architecture project, enables the evaluation of the
contribution of the materials, environmental impacts, end-of-life opportunities of the building, as
well as actual potential for recycling and dismantling. In view of the aspects raised, this article aims
to evaluate the application of the Life Cycle Assessment methodology in the development of
architecture projects in Brazil and its comprehensiveness as a tool to help decision making
throughout the project.The literature review was carried out in academic and technical texts,
seeking to identify the main concepts of the methodology, existing auxiliary standardization and
examples of the application of LCA in Brazil in the academic scope in the evaluation of materials
and constructive systems.It was possible to compare the environmental impacts between systems
and similar products and / or with the same function, helping the decision-making process, as well
as the identification of benefits and limitations: non-existence of a standard in the civil construction
application; Adaptation of databases from other countries, difficulty in obtaining data from suppliers
that adequately reflect the national reality; Not interoperability between software, among others.
Keywords
: Life Cycle Assessment; Methodology; Construction; Architecture; Constructive
Materials and Systems.
1. INTRODUÇÃO
A intensidade no consumo de recursos naturais não renováveis, emissões de CO2 e produção de
resíduos estão intrinsicamente ligadas as atividades humanas, principalmente no setor industrial.
Em todo o mundo, a indústria da construção civil é uma das atividades que mais contribui com o
uso de recursos naturais, além do excessivo consumo de energia e produção de resíduos sólidos
e emissões de CO2Além dos combustíveis fósseis serem um recurso limitado, a forma como
convertemos energia em processos (calefação, refrigeração, iluminação) resulta na liberação de
dióxido de carbono (CO2), gás do efeito estufa, estabelecendo a relação entre as edificações, o
aquecimento global e a mudança climática existente no planeta. (HEYWOOD, 2012).
Os impactos ambientais causados pela intensa atividade da construção civil são identificados em
todas as etapas do ciclo de vida útil das construções, tanto na fase de produção (extração de
matérias-primas, transporte, fabricação de componentes, operações no canteiro de obras), no
uso, operação e manutenção, bem como nas demolições e oportunidades de reciclagem e reuso.
Mais atenção está sendo dada com a relação entre os materiais de construção e o meio ambiente,
materiais que melhor atendam ao duplo objetivo de reduzir o consumo de recursos não renováveis
e poluição geral durante todo o seu ciclo de vida (BLENGINI,2008).
A Agenda 21 for
Sustainable Construction in Developing Contries
, apontou o estabelecimento de
metas para o desempenho ambiental das edificações, mudanças nas práticas de gestão do
processo de projeto e construção e a implantação de uma nova cultura dentro do setor da
construção civil (SALGADO et al.- 2012). A construção sustentável tem então o grande objetivo e
desafio de desenvolver modelos e ferramentas que permitam ao setor da construção enfrentar e
propor soluções aos principais problemas ambientais (SEVERO E SOUZA, 2016). Salgado et al.
(2012) menciona ainda que, de uma maneira geral, o entendimento de que a principal vantagem
das ferramentas e métodos de avaliação reside na orientação aos empreendedores, projetistas e
construtores quanto aos aspectos a serem considerados na produção de edificações sustentáveis.
Metodologia aplicada a construção civil nos últimos 13 anos (CABEZA et al., 2013), a ACV é
classificada como uma ferramenta quantitativa e analítica, diferentemente dos selos AQUA,
BREEAM e LEED, considerados qualitativos, já que as edificações são pontuadas de acordo com
os vários aspectos ambientais (SEVERO; SOUZA, 2016).