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Embora os estudos apresentados sejam relacionados a metodologia apresentada pela ACV,

alguns pontos significativos podem ser observados, como: a multiplicidade das abordagens, com

foco em categorias de impacto voltados para análises energéticas ou emissão de CO2 (mais

expressivos quando relacionados a construção civil e os impactos globais); diversidade quanto a

definição dos sistemas de fronteiras (maior parte voltada para o pré-uso e operação, somente um

incluiu a fase de manutenção, nenhum considerou desmonte e reuso), variedade de unidades

funcionais (mantendo-se no caso das habitações unifamiliares), inventário de dados extenso e

com múltiplas fontes (revisão bibliográfica de trabalhos nacionais publicados como referência para

medidas e padrões adotados), utilização do

Designbuilder

e do

Energyplus

como softwares de

apoio a modelagem O Simapro, software da área de ACV, foi utilizado em um dos casos. Algumas

limitações foram relatadas e suas soluções apresentadas, como:

Lira et al.(2016) relata que software utilizado (Design Builder) não possibilitou a modelagem

de sistemas heterogêneos de vedação. Para isso, os autores configuraram para a mudança

de espessura automática, equivalendo a diferençado sistema, artifício existente no programa;

Miranda e Yuba (2016) mencionam o uso de microfibra de propileno ter sido importada da

China, elevando o consumo de combustível. Considerando que outros sistemas construtivos

também têm importação de produtos, foi estabelecido que a mesma foi produzida em são

Paulo, a 963 km de Campo Grande, cidade do estudo;

Freitas, Schmid, Silva (2016), não constatando métodos existentes que precisem

informações tais como a determinação da vida de utilização de uma construção (esta

informação dependeria de inúmeros fatores como exposição às condições do clima, o tipo de

uso e as exigências de modificações do usuário, seja por questões estéticas ou funcionais),

os autores utilizaram parâmetros de vida útil sugeridos pela norma canadense CSA S478-95;

Silva et al. (2016) adotaram a base de dados Ecoinvent, adaptando a realidade brasileira; as

saídas de água não foram medidas na ICV, sendo calculadas de acordo com o procedimento

indicado no artigo.

Nota-se que as limitações divulgadas nas publicações estão principalmente nas bases de dados

e

softwares

, que precisaram de adaptações para que as análises pudessem ser realizadas. O

uso de normas internacionais foi outro ponto significativo, junto a existência de insumos

importados, fator impactante na análise dos resultados.

4.4 Benefícios e Limites identificados

Além dos benefícios já mencionados (Avaliação de impactos e auxilio as tomadas de decisão;

possibilidade de método com critério quantitativo e não qualitativo), a revisão bibliográfica permitiu

identificar outros pontos vantajosos a serem ainda explorados na aplicação da ACV:

Associação a outras ferramentas

– Possibilidade de associação com outras ferramentas

para tomada de decisão, como realizado nos estudos de Valle et al. (2016), com fator de

reutilização e cálculo dos custos e Lira et al. (2016) com os estudos de desempenho térmico

associados a ACV.

Oportunidades Futuras

- Há um campo de novas possibilidades nas pesquisas acadêmicas

como o desenvolvimento da padronização das unidades funcionais, métodos de cálculo,

proposta de normas, além da ISO, para melhor orientação, desenvolvimento de bases de

dados para cobrir a lacuna de dados em falta para produtos novos e antigos, procedimento

estruturado para verificação dos requisitos da ACV com as certificações existentes, entre

outras sugestões (ANAND; AMOR, 2016), possibilidades reforçadas por Caldas et al (2015),