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destaca o método dos “Passeios Acompanhados”, que será apresentado nesse artigo. Esse método

participativo foi aplicado em pesquisa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica

(PIBIC) intitulada: “Acessibilidade para todos em espaços livres públicos”.

2. ESPAÇOS LIVRES PÚBLICOS

O espaço urbano é formado por ambientes construídos – áreas edificadas por residências,

indústrias, comércio, serviços e arquiteturas institucionais, além dos espaços destinados às

circulações de pessoas e veículos e dos resquícios não edificados definidos como “espaços livres

de construção” (LIMA

et al.,

1994), são: quintais, jardins, ruas, avenidas, praças, parques, rios,

matas, mangues, praias urbanas, ou simples vazios urbanos (MAGNOLI, 1982). A localização,

acessibilidade e distribuição dessas estruturas formam um complexo sistema de conexões com

múltiplos papéis urbanos, porque são vários os seus usos - atividades do ócio, circulação urbana,

conforto, conservação e requalificação ambiental, drenagem urbana, imaginário e memória urbana,

lazer e recreação, dentre outros. Registra-se que no caráter desses espaços livres pode ser público

ou privado (MACEDO; CUSTÓDIO,

et. al

., 2009).

A caracterização do sistema de espaços livres públicos urbanos de uma cidade passa por questões

como a identificação dos elementos predominantes, localização, distribuição, acessibilidade física

e simbólica, complementaridade, interdependência, hierarquia, conectividade e articulação entre

eles; além de aspectos como o formal e o funcional. Nessa classificação, os espaços livres públicos

podem ser divididos pelos valores: estéticos/simbólicos, ambiental e recreativo (ROBBA; MACEDO,

2004).

Dessas funções, a social destaca-se por proporcionar a retomada do conceito de sociedade e

cidade, aumentando para a qualidade de vida urbana. Logo, o suposto caráter democrático dos

espaços livres públicos precisa ser garantido para toda e qualquer pessoa, sem barreiras sociais,

atidudinais e também, aquelas atribuídas ao desenho arquitetônico e paisagístico, que são físicas

e informativas.

3. ACESSIBILIDADE E DESENHO UNIVERSAL

A acessibilidade é um conceito amplo que supera o senso comum da simples necessidade de uma

rampa. O ambiente acessível é aquele que permite o deslocamento, a comunicação e a orientação

dos usuários, exercendo as atividades que esse espaço proporciona com segurança, conforto e

autonomia, atendendo às diferentes capacidades (DISCHINGER

et. al

., 2006). Para alcança-la, é

necessário que coexistam quatro componentes: deslocamento, orientação espacial, uso e

comunicação, de maneira que a ausência de apenas um deles afeta o acesso integral, como

apontam Dischinger, Bins Ely e Borges (2009).

O deslocamento envolve a possibilidade de movimento ao longo de trajetos e supõe a ausência de

barreiras físicas que impeçam a realização de atividades de forma independente como um poste no

meio do percurso. A orientação, por sua vez, traduz o conhecimento de onde se está e para onde

ir a partir do desenho arquitetônico e de informações indispensáveis que esclareçam, como placas

ou sinais sonoros. No uso emerge a possibilidade de exercício das atividades de forma independe,

considerando as diferenças e sem a necessidade de um conhecimento prévio. A comunicação diz

respeito à possibilidade de troca de informações entre pessoas e com os equipamentos.

Para alcançar esse conceito amplo de acessibilidade adota-se o Desenho Universal que consiste

numa visão de projeto que desenvolve objetos, ambientes e edificações levando em consideração

esta diversidade, desde os estudos preliminares do projeto (DISCHINGER

et. al

., 2006). O objetivo