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is currently standardized in Brazil (ABNT NBR 16055: 2012). The objective of this work is evaluate
the CO
2
emission life cycle (ACVCO
2
) of the wall in reinforced concrete molded in loco considering
the phases cradle to grave, and is included in the theme "Urban and rural social housing:
constructive technologies and cultures ". Different scenarios were studied with the use of metallic,
plastic and mixed forms, compared to conventional masonry. The methodology consisted in
quantifying the CO
2
emissions, through the data collection with hybrid analysis in the phases of
pre-use, use and operation and deconstruction; Design Builder software was used for the use
phase. The results showed that the concrete wall with aluminum forms presented a large
percentage of CO
2
emission if its reuse was not accounted for, but, from its consideration, it
becomes more advantageous than the others. These results can support specifications of more
sustainable housing projects, as well as assist in the formation of databases of sustainability
indicators, such as global warming (CO
2-eq
), raw material consumption and renewable and non-
renewable energy, among others.
Keywords:
Sustentability; LCCO
2
A; Concrete walls; Formwork; Social interest habitation.
1. INTRODUÇÃO
Diante dos problemas enfrentados com o déficit habitacional no Brasil, é crescente o investimento
em programas de construção de habitações de interesse social (HIS), como o programa “Minha
Casa, Minha Vida” (PMCMV). Devido à larga escala das construções, com grandes conjuntos
habitacionais, surgiu a necessidade de se utilizar sistemas com maior grau de industrialização ou
sistemas racionalizados, a fim de elevar a produtividade e reduzir os custos.
Entre os sistemas construtivos adotados no Brasil para HIS, além dos convencionais constituídos
por estrutura de concreto armado e vedação de blocos cerâmicos, têm-se os sistemas de
alvenaria estrutural de blocos de concreto ou cerâmicos, que são normatizados. Entretanto,
muitos outros sistemas inovadores utilizados ainda não possuem norma técnica. Na última
década, foi criado um programa com o intuito de avaliar o desempenho destes sistemas,
denominado por Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (SINAT), e gerenciado pelo Ministério
das Cidades, no âmbito do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-
h. O primeiro sistema avaliado a partir da implantação do SINAT em 2007 foi o de paredes de
concreto moldado
in loco
, que teve sua norma publicada em 2012, a ABNT NBR 16055.
A construção civil e a produção de edificações, tais como a HIS, acarreta impactos ambientais
significativos, devido ao grande consumo de recursos e a geração de resíduos e emissões
nocivas para o meio ambiente. A indústria de fabricação do cimento, por exemplo, consome
elevadas quantidades de energia e possui grande participação nas emissões de carbono, devido
aos processos de queima e calcinação (SHEN, 2015).
O consumo de energia acarreta graves impactos ambientais, principalmente porque a maior parte
da energia é gerada por meio de combustíveis fósseis, resultando em grande quantidade de
emissões de CO
2
, por exemplo. Portanto, uma redução global do consumo de energia no setor da
construção é uma meta importante na maioria dos locais (PAULSEN; SPOSTO, 2012), mesmo no
Brasil, onde se tem uma matriz energética mais limpa: as fontes renováveis representam 75,5%
da oferta interna de eletricidade no Brasil (BRASIL, 2016).
Uma forma de avaliar o desempenho ambiental total de uma edificação e de quantificar os seus
impactos é a Avaliação do Ciclo de Vida (ACV), que conforme a ABNT NBR 14040 (2009) é um
método no qual um produto ou processo é avaliado em todo o seu ciclo de vida: extração de
matérias-primas, etapa de produção, fase de utilização, manutenção, e eliminação de resíduos.
Neste sentido, têm-se duas vertentes importantes: a Avaliação do Ciclo de Vida Energético
(ACVE), onde é realizado um inventário da energia ao longo de todas as fases do ciclo de vida