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4.2 Ação dos Cloretos

A Figura 3 apresenta os resultados da profundidade de penetração de cloretos.

Figura 3.

Profundidade de penetração de íons cloretos.

Fonte: Elaborado pelos autores (2016).

Para relação água/aglomerante 0,5, nota-se que todas as amostras com as adições apresentaram

um melhor desempenho quanto à proteção da pasta frente à penetração de cloretos. As amostras

com 15% de substituição apresentaram uma menor profundidade de penetração de cloretos em

comparação as amostras com 10% de substituição, no entanto esta diferença foi bem pequena,

estando de acordo com as pesquisas existentes que há uma “quantidade ótima” da adição para se

obter seus benefícios, e a partir desta quantidade, os benefícios acrescidos seriam irrisórios.

A utilização de 10% e 15% de sílica ativa em substituição parcial do cimento resultou em uma

redução de 27,47% e 29,88% na profundidade de penetração dos íons cloretos respectivamente

para relação a/agl 0,5.

O mesmo comportamento se repete quando aumenta-se a relação a/agl para 0,7, resultando em

uma redução de 26,81% e 28,13% para 10% e 15% de substituição respectivamente.

Percebe-se ainda, que a utilização de adições com a finalidade de proteger a pasta contra a

penetração de cloretos pode ser mais importante do que a própria relação água/aglomerante. As

amostra com adições e relação a/agl 0,7 mostraram um melhor desempenho do que a amostra sem

adições e relação a/agl 0,5. A profundidade de penetração das amostras de referência com relação

a/agl 0,5 (sem adição) foi na ordem de 1,27 vezes maior do que a profundidade das amostras com

utilização de 15% de sílica ativa com maior relação a/agl.

Outra observação importante é a pequena diferença de profundidade de penetração entre as

amostras com relação a/agl 0,5 e 0,7. A sílica ativa possui elevada finura, e seu emprego aumenta

a demanda de água das argamassas na ordem de 129% sendo necessária a utilização de aditivos

fluidificantes ou plastificantes para que não afete a trabalhabilidade da argamassa. No entanto, com

o objetivo de dar continuidade a pesquisa de Barros (2015), não se utilizou aditivos nas amostras

desta pesquisa, o que torna a pasta “mais seca”, dificultando o adensamento quando não se

aumenta a quantidade de água. Acredita-se que estas profundidades de penetração dos íons

cloretos poderiam ser reduzidas mais ainda se houvesse o emprego adequado de aditivos.

0

1

2

3

4

5

S10%

(a/ag

0,5)

S15%

(a/ag

0,5)

REF

(a/ag

0,5)

S10%

(a/ag

0,5)

S15%

(a/ag

0,5)

REF

(a/ag

0,7)

3,01 2,91

4,15

3,33 3,27

4,55

Profundidade (mm)

Profundidade de penetração de

cloretos