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Para relação a/agl 0,5 é notável a influência negativa da sílica ativa no aumento da profundidade

de carbonatação apenas com a utilização de 15%. Quando se aumentou a relação

água/aglomerante para 0,7 as amostras de referência (sem adições) foram as que apresentaram

menores profundidades de carbonatação, tendo em vista que possuem maiores teores de hidróxido

de cálcio que os concretos com adições minerais. Nota-se que quanto maior o percentual da adição,

maior a profundidade carbonatada. O resultado já era esperado de acordo com alguns

pesquisadores como Helene (1993), Monteiro (1996) e Alves (2000), tendo em vista que as reações

pozolânicas consomem os álcalis livres resultantes da hidratação do clínquer, reduzindo a

alcalinidade da pasta e consequentemente favorecendo a frente de carbonatação.

No entanto, as amostras com substituição de 10% de sílica ativa do presente estudo apresentaram

uma redução de 13,08% da profundidade de carbonatação em comparação a amostra de referência

para relação a/agl 0,5.

Sabe-se que concretos com elevada porosidade, na presença de umidade estão mais sujeitos à

carbonatação. No entanto o gás carbônico gasoso na realidade não é reativo, porém na presença

de água, forma o ácido carbônico, que reage com o hidróxido de cálcio gerando, entre os compostos

principais, carbonato de cálcio.

Sabe-se também, que a utilização de sílica ativa em uma quantidade adequada dificulta a passagem

dos agentes agressivos, pois provoca o refinamento da estrutura de poros tornando-o de baixa

penetrabilidade. A redução do número e tamanho dos poros reflete na diminuição do transporte de

massa para o interior do concreto, e consequentemente aumenta a durabilidade das estruturas, o

que pode explicar a redução da profundidade carbonatada com substituição de 10% de sílica ativa

nas amostras com relação a/agl 0,5.

Ainda pode-se perceber que as profundidades alcançadas foram na ordem de 96% a 112,62%

maiores nas amostras com relação a/agl 0,7, fato este, que mais uma vez reforça a importância da

relação a/agl para determinar as características da pasta endurecida como a compacidade e

porosidade, e consequentemente uma maior ou menor permeabilidade. Quanto maior a relação

água/aglomerante, maior a profundidade de carbonatação.

Isaía (1995) afirmou que teores elevados de adições minerais tendem a diminuir o pH, porém não

o suficiente para despassivar a armadura, o que também foi evidenciado por Cadore (2008). Neville

(1997) relata que ensaios feitos com pastas maduras de cimento Portland com alcalinidade elevada

(pH igual a 13,9) com adição de 10% de fumo de sílica apresentaram uma redução do pH de apenas

0,5, e para 20% de adição a redução do pH foi de 1,0, mostrando que mesmo assim o pH

permaneceu acima de 12,5, o que representa um valor adequadamente alto para proteção das

armaduras contra a corrosão. Nessas condições, vale verificar se os benefícios proporcionados

pelas adições no que se refere a qualidade do concreto, dificultando a penetração de agentes

agressivos como os cloretos, compensariam esta redução do pH, uma vez que ela não é significante

para despassivar a armadura.

Segundo Isaía (1999), o efeito das adições minerais depende da forma com que a mistura é

realizada, se por substituição ou por adição. O autor constatou para a mesma relação a/agl, que há

uma diminuição da penetração de CO

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com a adição de cinza volante sem redução no teor de

cimento, enquanto que, sob a forma de substituição de cimento há um acréscimo na profundidade

de carbonatação.