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Substituições de 15% de sílica ativa para relação a/agl 0,5 não apresentaram um bom
desempenho, portanto verificou-se que quanto maior o percentual da substituição, maior a
profundidade de carbonatação.
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Os piores desempenhos para relação a/agl 0,5 não ultrapassaram 5,48% da profundidade
carbonatada em comparação as amostras de referência.
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Para relação a/agl 0,7 não houve benefícios de proteção contra a frente de carbonatação, e
também quanto maior o percentual de substituição, maior a profundidade alcançada devido a
elevada porosidade.
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Os piores desempenhos para relação a/agl 0,7 chegaram a um aumento de 20,39% da
profundidade carbonatada para 15% de substituição por sílica ativa.
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A profundidade de carbonatação aumentou de 96% a 112.62% nas amostras com relação
a/gl 0,7 em comparação as amostras com relação a/gl 0,5.
Quanto a ação de íons cloretos
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A sílica ativa se mostrou benéfica quanto à proteção da pasta frente à penetração de
cloretos.
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Para relação a/agl 0,5 a utilização de 10% e 15% de sílica ativa em substituição parcial do
cimento resultou em uma redução de 27,47% e 29,88% na profundidade de penetração dos íons
cloretos respectivamente.
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Para relação a/agl 0,7 a utilização de 10% e 15% de sílica ativa em substituição parcial do
cimento resultou em uma redução de 26,81% e 28,13% na profundidade de penetração dos íons
cloretos respectivamente.
Conclui-se, portanto que a substituição parcial do cimento por sílica ativa, proporciona maior
capacidade de proteção à penetração de íons cloreto e, consequentemente, maior durabilidade das
estruturas de concreto. No entanto para compreender-se a capacidade de proteção frente à
carbonatação é preciso novos estudos para encontrar a quantidade adequada que não cause
efeitos contrários devido à redução da reserva alcalina. Contudo, para baixos valores de relação
água/aglomerante, os benefícios que as adições podem trazer às características do concreto
sobrepõem-se a possível redução da reserva alcalina, pois os acréscimos da profundidade
carbonatada encontrados foram pequenos em comparação as amostras sem adições, e
provavelmente não serão suficientes para a despassivação das armaduras, considerando concretos
com alcalinidade inicial elevada e um cobrimento adequado. Este comportamento não se aplica
para elevadas relação água/aglomerante.
Por este motivo, deve-se tomar cuidado nas escolhas dos materiais para cada finalidade aplicada,
e atentar-se ao uso de adições principalmente para utilização em ambientes com alta concentração
de CO
2
.
Destaca-se também a importância do uso de aditivos fluidificantes ou plastificantes em argamassas
e concretos com utilização da sílica ativa que possuam baixa relação água/aglomerante para que
se mantenham as mesmas condições de trabalhabilidade, e não se obtenha um efeito adverso pela
dificuldade do adensamento e consequentemente maior porosidade na pasta.
Por fim, recomenda-se então o uso de sílica ativa com o objetivo de aumentar a proteção da pasta
contra a ação de íons cloretos e consequentemente aumentar a vida útil das estruturas, contanto
que sua aplicação não seja em ambientes com elevada concentração de CO
2.
Para estes casos,
deve-se ter cautela na escolha do tipo e quantidade da adição mineral.