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choque térmico, estão dentro dos limites estabelecidos pela norma. Além disso, apesar de terem

sido perfurados para a inserção dos suportes para os termopares, nesses locais não ocorreu

infiltração de água.

Tabela 4.

Resultado do ensaio de estanqueidade à água

ensaio/corpo-de-

prova

área molhada da face

interna

alteração na face

externa

máxima área

molhada permitida

pela NBR 15575-4

EE1A

0,11 m²

Não

0,2975 m²

EE2A

0,23 m²

Não

0,2975 m²

EE1B

0,12 m²

mancha em um bloco

0,2975 m²

EE2B

0,14 m²

Não

0,2975 m²

Comparando-se os resultados obtidos com estudos de Hattge (2004) para sistemas de vedação

compostos por blocos cerâmicos e blocos de concreto, estes apresentaram melhor desempenho à

estanqueidade que o sistema de blocos de solo-cimento. Isso provavelmente se deve ao fato de

que estes sistemas receberam argamassa de revestimento mais espessa, tanto na face exterior

com interior. Observa-se que mesmo sem esse revestimento espesso nas duas faces, apenas com

a resina aplicada na face exterior, o sistema analisado alcançou desempenho satisfatório.

Entretanto, esse desempenho pode ser questionável no decorrer dos anos, principalmente devido

à ação de chuvas, incidência solar e falta de manutenção, de forma que, sugere-se pesquisas

futuras que visem a melhoria desse sistema de impermeabilização, como por exemplo, com a

aplicação de revestimento argamassado mais espesso nas duas faces.

4.2 Habitabilidade: ensaio de permeabilidade à água

Para o ensaio de verificação da permeabilidade do SVVE, a NBR 15.575, parte 4, especifica que a

quantidade de água que penetra não deve ser superior a 3 cm³, por um período de 24 h, na área

exposta. Verificou-se que a parede não atendeu aos limites da NBR 15.575, parte 4 (ABNT, 2013b),

conforme demonstrado na Tabela 5.

Tabela 5.

Análise do ensaio de permeabilidade

tempo de ensaio vol. de água infiltrada (cm³)

tempo de ensaio

vol. de água infiltrada (cm³)

Início

0,0

4 horas

18,0

30 minutos

36,0

6 horas

16,5

1 hora

11,6

24 horas

54,0

2 horas

17,8

volume total

153,9

No estudo de Hattge (2004) os blocos cerâmicos com revestimento sofreram infiltração de 2.925

cm³ e os blocos de concreto com revestimento sofreram infiltração de 3.435 cm³, valores bem

maiores se comparados ao sistema estudado.

Em estudo de Rodrigues (2010), para blocos cerâmicos, com os mesmos procedimentos aplicados

neste estudo, notou-se que, mesmo testando vários tipos de impermeabilização, as amostras não

conseguiram atingir o limite especificado pela NBR 15.575 (ABNT, 2013b), assim como o objeto

estudado, que utilizou um tipo de pintura impermeabilizante e também não atendeu a esses limites.

Isso pode indicar que os valores da norma poderiam ser ajustados para melhor atender à realidade.