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conventional subfloors and, after the technical viability analysis of the other characteristics, this

material could be a good technology for sustainable systems.

Keywords

: Waste; Subfloor; Polyurethane; Thermal performance;

1. INTRODUÇÃO

Conforme projeções, a população mundial atual é de 7,3 bilhões de pessoas e até o ano de

2030, vai alcançar a marca de 8,5 bilhões, e de 9,7 bilhões em 2050. Com esse ritmo, o planeta

deve chegar a 2100 com 11,2 bilhões de seres humanos, um crescimento de 53% em relação ao

presente (ONU, 2015). Esse crescente número de pessoas nos remete a problemas ligados ao

ambiente e as questões sociais econômicas.

Mesmo vivendo em meio a tantas inovações, a crescente urbanização e industrialização, ainda falta,

por parte de setores industriais, comerciais e até dos próprios usuários, uma parcela de iniciativa e

responsabilidade quando o assunto é sustentabilidade.

Conforme dados da Fundação Dom Cabral (2013), o setor da construção civil no Brasil consome

75% de todos os recursos naturais. Com relação ao consumo específico de areia, a prática da

mineração provoca impactos significativos ao meio ambiente, destacando-se a supressão vegetal,

exposição do solo aos processos erosivos, poluição do ar, entre outros aspectos negativos (MECHI;

SANCHES, 2010). A crescente demanda por areia tem contribuído para a escassez desse material,

refletida no custo desses agregados e, por consequência, no custo do metro cúbico do concreto,

seja ele usinado ou fabricado na obra (SILVA, 2015).

Uma das alternativas encontradas para a redução do consumo desse bem esgotável é a

substituição por resíduos. Estudos anteriores, feitos com resíduos de poliuretano, apresentaram

resultados satisfatórios com relação a reutilização desses, por exemplo, na fabricação de blocos de

vedação para área habitacional (de SOUZA et al., 2010), em conjunto com ABS (BOM, 2008), em

pisos e pistas de atletismo (ROSA, GUEDES, 2003) e como agregado leve em argamassas (TREIN

et al., 2014).

O acúmulo de resíduos cresce em função da demanda por bens e serviços, sendo gerados desde

a obtenção da matéria-prima até o término da fabricação e uso dos produtos. Considerável parcela

desses materiais não é reaproveitada ou não tem destino ecologicamente correto, sendo um desafio

proporcionar um destino correto a esses subprodutos

Conforme a Resolução 313 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA de 2002,onde

trata-se especificamente de resíduos sólidos industriais, apresenta-se uma definição na qual são

todos aqueles resíduos decorrentes de processos industriais e que se encontram nos estados:

sólido, semissólido e gasoso - quando contido e líquido – cujas particularidades tornem inviável o

seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções

técnicas ou economicamente inviáveis em face de melhor tecnologia disponível. Dentre esses

resíduos encontra-se a espuma de poliuretano, objeto principal do trabalho.

O poliuretano (PU) é um dos polímeros mais utilizados no mercado de bens de consumo e uso

material. Ele se apresenta de diversas formas: espumas, tintas e revestimentos, adesivos,

elastômeros, entre outros. Dentre todas essas possibilidades, as espumas de poliuretano são

utilizadas na indústria da construção como material de isolamento, sendo que esta propriedade

depende da sua densidade e das suas cavidades de ar internas (JUNCO, C. et al., 2012). A Figura

1 ilustra as aplicações juntamente com os setores que mais consomem o material.