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3.3 Ensaios realizados

A Tabela 3 apresenta os parâmetros da NBR 15.575 (ABNT, 2013b) utilizados para análise de

desempenho dos corpos-de-prova.

Tabela 3.

Parâmetros adotados da NBR 15.575, parte 4, para análise de desempenho dos corpos-de-prova

exigência e fator

requisito

critério

estanqueidade (item 10)

infiltração de água em SVVEI

(fachadas)

(item 10.1)

estanqueidade à água de chuva,

considerando-se a ação dos ventos,

em SVVE (item 10.1.1)

habitabilidade / estanqueidade

(item 10)

umidade em SVVEI decorrente

da ocupação do imóvel

(item 10.2)

estanqueidade de SVVEI com

incidência direta de água – áreas

molhadas (item 10.2.1)

sustentabilidade / durabilidade

/ manutenibilidade (item 14)

paredes externas SVVE

(item 14.1)

ação de calor e choque térmico

(item 14.1.1)

As paredes A e B foram fixadas em uma estrutura de pórtico, para que elas ficassem simplesmente

apoiadas nas extremidades inferiores e superiores. Ainda, na metade da sua altura, receberam

outro dispositivo de fixação, composto por dois suportes de madeira unidos entre si por barras

rosqueadas, de forma a restringir grandes deslocamentos.

Para ação de calor e choque térmico foi utilizado um painel radiante, dispositivo para aspersão de

água, 5 termopares PT 100, registrador de temperaturas, dispositivo para fixação do corpo-de-prova

e um deflectômetro eletrônico (que permite medir pequenos deslocamentos horizontais).

4. RESULTADOS

4.1 Habitabilidade – ensaio de estanqueidade à água da chuva

Segundo a NBR 15.575, parte 4, (ABNT, 2013b, p. 23), os SVVE da edificação habitacional “devem

permanecer estanques e não apresentar infiltrações que proporcionem borrifamentos, ou

escorrimentos ou formação de gotas de água aderentes na face interna”. Podem ocorrer pequenas

manchas de umidade, com percentual máximo de 10%, para 7 horas, para edificação térrea e

paredes sem função estrutural. O percentual é calculado a partir da área total da parede,

considerando-se a mancha de umidade na face oposta de incidência de água.

Os corpos-de-prova possuem dimensões de 1,25 m x2,38 m (largura x altura), resultando em uma

área de 2,975 m². Portanto, a área permitida das manchas de umidade na face oposta à incidência

de água após o ensaio de estanqueidade é de 0,2975 m². Como ambos os corpos-de-prova foram

submetidos ao ensaio de estanqueidade à chuva antes e depois do ensaio de ação de calor e

choque térmico, para fins de nomenclatura, a parede A foi subdividida em Ensaio de Estanqueidade

1 da Parede A (EE1A) e Ensaio de Estanqueidade 2 da Parede A (EE2A), referente ao primeiro e

ao segundo ensaio de estanqueidade, respectivamente. Da mesma maneira a parede B foi

subdividida em Ensaio de Estanqueidade 1 da Parede B (EE1B) e Ensaio de Estanqueidade 2 da

parede B (EE2B).

As análises dos corpos-de-prova foram realizadas visualmente e as áreas de manchas de umidade

foram calculadas aproximadamente (arredondadas para cima) baseadas nas dimensões de um

bloco de 25 cm x 12,5 cm x 7 cm (comprimento x largura x altura). Observou-se, nos dois corpos-

de-prova, tanto no primeiro como no segundo ensaio, a ocorrência de uma mancha contínua na

base. Essa mancha é devida a falta de vedação da base de apoio da parede. Através disso, pode-

se concluir que sem a impermeabilização (resina), provavelmente o bloco não é estanque à água.

Verificou-se que os dois corpos-de-prova, tanto antes como após o ensaio de ação de calor e