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social housing, it is necessary to investigate its properties and performance. Thus, the present study

aimed to evaluate the performance of an external vertical sealing system composed of soil-cement

blocks without structural function for social housing, following determinations of NBR 15575, focusing

on the requirements of habitability and sustainability. The habitability requires the heat action and

thermal shock test. Firstly, using the particle size analysis and liquid limit and plastic limit test, to

characterize the compostion of the ground on which the block was used. The bodies-of-proof were

tested in research laboratory and consisted of two full scale walls. The system met limits set by

standards for tightness against rainwater and heat action and thermal shock, but not for permeability

to water. The vertical sealing system composed of hollow blocks of soil-cement has great potential

for application in the construction of social housing, but there is still a need for more studies on the

system.

Keywords:

soil-cement; performance; sustainability; habitability.

1. INTRODUÇÃO

O setor da construção civil consome mais da metade dos recursos naturais extraídos do planeta,

além de grande quantidade de energia na sua produção e seu transporte (CBCS, 2014, p. 73).

Segundo Melo et al. (2011), a produção do cimento Portland exige temperaturas de 1.450

C e os

tijolos cerâmicos, 1.000

C. Materiais menos demandantes de energia são uma alternativa para se

atingir soluções mais sustentáveis para a construção civil, como é o caso da terra crua e suas

variantes (MELO et al., 2011, p. 112).

1.1 Solo-cimento como material de construção

O solo-cimento é um material já normatizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas

(ABNT), possuindo vantagens que vão desde a fabricação até sua utilização no canteiro de obras.

Proporciona redução no consumo de energia, principalmente por dispensar o processo de queima;

redução da necessidade de transporte do produto, pois a terra local pode ser utilizada; e redução

de resíduos na obra, além de, ao final da vida útil, poder ser mais facilmente incorporado no

ambiente natural. Além disso, em geral, os equipamentos utilizados na sua produção são simples e

de baixo custo, não necessitando de mão de obra qualificada (MELO et al., 2011).

No entanto, ainda é necessário comprovar sua adequação em relação ao desempenho. Como o

solo varia muito de local para local (PONTE, 2012, p. 29), é importante desenvolver-se uma cultura

de avaliação de desempenho do material, com testes apropriados, para proporcionar seu uso de

forma segura e eficaz, desmistificando sua imagem de material de baixa qualidade.

Para a escolha da técnica construtiva adequada, é necessário o conhecimento da composição do

solo e de suas propriedades, ou seja, composição granulométrica, plasticidade, retração, umidade

e compactação (PONTE, 2012). Para tal, vários testes já estão consolidados e podem ser divididos

em dois grupos básicos: ensaios de campo e ensaios laboratoriais (NEVES et al., 2010; TORGAL;

JALALI, 2010).

O solo-cimento, segundo a NBR 10.833 (ABNT, 2013a), é a mistura homogênea composta de solo,

cimento Portland e água em proporções estabelecidas por norma, que é compactada através de

uma prensa e endurecida, sem a necessidade de queima. O processo de fabricação dos tijolos

constitui-se basicamente de preparação do solo, preparo da mistura, moldagem, cura e

armazenamento.

Para a dosagem dos componentes da mistura, a NBR 10.833 (ABNT, 2013a) recomenda a

preparação de três traços diferentes de solo-cimento, bem como a moldagem de 20 blocos maciços

ou vazados para cada um deles. Após a cura dos elementos, que leva no mínimo 14 dias, e com a