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coprocessamento muito diferente, o que demonstra que colocar empresas com compromissos

ambientais diferentes em uma média de valores não é correto.

As empresas 2, 3 e 4.2 cujo relatório não envolve apenas o Brasil, mas também outros países

onde as mesmas atuam, apresentaram resultados dentro de uma faixa aceitável. Porém quando

analisamos os dados apresentados nos processos do

Ecoinvent v3.2

existe uma grande

divergência comparada com os outros dados. Esta variabilidade na participação do

coprocessamento na matriz energética das industrias cimenteiras influenciará posteriormente no

consumo energético do produto final, mas principalmente nas emissões líquidas associadas a este

produto, conforme será abordado com mais detalhe no subcapítulo 4.4.

4.3 Influência das diferentes fontes de dados no consumo energético elétrico

O consumo de energia elétrica em uma indústria cimenteira não é tão expressivo quanto o

consumo de energia térmica, temos que em média o consumo elétrico é de 0,38 GJ/ t cimento

(107 kW h/t cimento), o que equivale entorno de 11% da energia utilizada para produção de um

cimento CPV (GARTNER, 2004). Diferente da energia térmica, o consumo de energia elétrica não

é proporcional ao teor de clínquer do cimento. A Figura 3 apresenta este resultado.

Figura 3.

Variação no consumo energético elétrico na produção de cimento de acordo com a fonte de

dados

Não existe relação entre teor médio de clínquer e consumo de energia elétrica. Porém existe sim

uma diferença entre as fontes de dados. Observa-se que os resultados variaram entre 80 a 110

kW h/ t cimento. Esta variação é ponderada pela eficiência térmica nas seguintes etapas de

produção do cimento: tratamento e moagem da matéria prima, moagem do clínquer, ventilação e

resfriamento, coletor de poeira, moagem do cimento e transporte por correias (MADLOOL et al.,

2011). Além disso a finura do clínquer e dos materiais cimentícios suplementares (MCS), irão

influenciar o consumo de energia nas etapas de moagem.