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tendo o teor médio de clínquer (

k

M

) nos cimentos, consumo energético na produção do clínquer

(

C

C

) e o teor de clínquer do cimento analisado (

k

) é possível calcular através da Equação 1 a

consumo energético térmica para diferentes tipos de cimentos (

C

T

), para diversas fontes de

dados.

(1)

Já para se obter o consumo energético térmico nos processos da base de dados

Ecoinvent v3.2

,

foi realizado um procedimento diferente, já que os mesmos não forneciam diretamente esta

informação. Então foi levantado dentro desses processos todos os combustíveis utilizados para a

produção de clínquer. Através deste quantitativo, utilizou-se fatores de energia incorporada

(Tabela 2) de cada um desses insumos e então foi possível calcular o consumo energético térmico

do clínquer. Na sequência a mesma fórmula apresentada anteriormente foi aplicada para analisar

o consumo energético térmico dos cimentos estudados.

Tabela 2.

Energia incorporada dos insumos e fator de emissão

Classificação

Insumo

Unidade

Energia

incorporada

Referências

Fator de

emissão

Referências

Fósseis

Carvão mineral

MJ/KG

28,89

(BRASIL, 2015)

96 KG/GJ

(WBCSD, 2011)

Óleo

combustível

MJ/CM³

40,7

(BRASIL, 2015)

77,4 KG/GJ (WBCSD, 2011)

Gás natural

MJ/M³

36,84

(BRASIL, 2015)

56,1 KG/GJ (WBCSD, 2011)

Coque de

petróleo

MJ/KG

36,43

(BRASIL, 2015)

92,8 KG/GJ (WBCSD, 2011)

Fósseis

alternativos

Pneus

MJ/KG

31,4

(LAMAS; PALAU;

CAMARGO, 2013)

85 KG/GJ

(WBCSD, 2011)

Residuo

industrial

MJ/KG

15,8

(KÄÄNTEE et al., 2004) 83 KG/GJ

(WBCSD, 2011)

Residuos de

petróleo

MJ/KG

29

(KÄÄNTEE et al., 2004) 80 KG/GJ

(WBCSD, 2011)

Biomassa

Biomassa

MJ/KG

7,1

(LAMAS; PALAU;

CAMARGO, 2013)

110 KG/GJ (WBCSD, 2011)

Residuo

agricultura

MJ/KG

16,2

(KÄÄNTEE et al., 2004) 89 KG/GJ

(WBCSD, 2011)

Carvão vegetal

MJ/KG

27,05

(BRASIL, 2015)

N/A

Eletricidade

MJ/KWH

5,21

(BRASIL, 2015)

Já o cálculo do consumo energético elétrico não foi realizado utilizando o mesmo método citado

acima, visto que o consumo de energia elétrica não possui uma relação direta com o teor médio

de clínquer do cimento. Deste modo, a análise foi feita de acordo com os dados publicados pelas

fontes de dados citadas anteriormente.

Por fim com as informações desta etapa do trabalho, foi possível verificar também a porcentagem

de participação do coprocessamento na produção dos cimentos. O coprocessamento é um termo

utilizado para se referir ao uso de resíduos no processo de manufatura de um produto, cujo intuito

no caso da indústria cimenteira, é gerar energia térmica e assim reduzir o uso de combustíveis

fósseis (WBCSD, 2014b). Neste trabalho foi considerado combustíveis de coprocessamento os

combustíveis fósseis alternativos: pneus, resíduos industriais e resíduos de petróleo; Biomassa:

biomassa, resíduos da agricultura e carvão vegetal.