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médio. Vale ressaltar que o consumo energético avaliado neste trabalho tem como fronteira de
estudo do berço ao portão, ou seja, toda a energia térmica ou elétrica consumida desde a
extração da matéria prima para produção do cimento até o empacotamento do mesmo.
Tabela 1.
Relação das fontes de dados utilizadas nos estudos e as informações encontradas em cada uma
delas
Fonte de
dados
Referências
Ano
Cobertura
Geográfica
Intensidade
energética
Classificação de
combustíveis
(Fosséis, Fósseis
alternativos e
biomassa)
Matriz
energética
Teor de
clínquer
médio
Térmica Elétrica
GNR
(WBCSD, 2014)
2014
Brasil
X
X
X
X
X
BENa
(BRASIL, 2014)
2014
Brasil
X
X
X
Empresa 1
(VOTORANTIM,
2014)
2014
Brasil
X
X
X
X
X
Empresa 2
(INTERCEMENT,
2014)
2014
Brasil e
outros
países
X
X
X
Empresa 3
(LAFARGE,
2014)
2014
Brasil e
outros
países
X
X
X
X
Empresa 4.1 (HOLCIM, 2013)
2012
Brasil
X
X
X
Empresa 4.2 (HOLCIM, 2014)
2014
Brasil e
outros
países
X
X
X
X
X
Ecoinvent
v3.2
(Canada)
(WERNET et al.,
2016)
2008 -
2011
Canada
X
X
X
X
X
Ecoinvent
v3.2
(Suiça)
(WERNET et al.,
2016)
2005 -
2009
Suiça
X
X
X
X
X
Ecoinvent
v3.2
(USA)
(WERNET et al.,
2016)
2014
USA
X
X
X
X
X
Ecoinvent
v3.2
(RoW)
(WERNET et al.,
2016)
1998 -
2015
Mundo
X
X
X
X
X
A análise do consumo energético foi realizada para os principais cimentos comercializados no
Brasil, nomeadamente CPII-E, CPII-Z, CPII-F, CPIII, CPIV e CPV que, de forma conjunta,
correspondem a mais de 99,5% da produção anual brasileira (SNIC, 2013). Os documentos
normativos (NBR 11578) (NBR 5735) (NBR 5736) (NBR 5733) foram utilizados para identificar as
faixas de variação do fator clínquer dentro de cada tipo de cimento.
Os dados então foram extraídos diretamente dos relatórios de sustentabilidade das empresas e da
base de dados GNR e então calculou-se o consumo energético térmico de cada um desses
cimentos. Uma aproximação foi feita dado que 99% da energia térmica consumida no processo de
fabricação do cimento está relacionada a produção do clínquer (AFKHAMI et al., 2015). Portanto,