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Após estes investimentos iniciais em cursos teóricos e uma atuação no mercado, o microempresário
é “convidado” a fechar parcerias com as empresas, que passam a fornecer o
know-how
para efetuar
vendas, condicionado a mais uma vez, a participar de cursos que tem custos que variam entre
R$2000,00 a R$7000,00 - um alto valor de investimento para quem quer ingressar no ramo,
ofertados pelas empresas duas vezes ao ano em média.
Pode-se verificar neste contexto, que as empresas do setor fotovoltaico atuam em duas vertentes,
uma que é a venda dos equipamentos fotovoltaicos e a outra, com os treinamentos dados, o que
diversifica suas fontes de renda. A procura pelos cursos é alta, uma vez que a tecnologia ainda não
é de conhecimento de todos e os preços praticados pelas aulas podem ser considerados, de certa
forma, muito altos.
6. CONCLUSÕES
Há uma clara expansão do mercado fotovoltaico no Brasil e um aumento na quantidade de
empresas atuantes no setor, impulsionadas por instituições e estabelecimentos comerciais
varejistas e atacadistas, onde o alto investimento fotovoltaico justifica-se pelo alto consumo de
energia elétrica destes personagens, que passam a ter um retorno do investimento –
payback
,
estimado em 5 anos ou menos, dependendo da bandeira tarifária vigente. Diferente da realidade
residencial, onde o período de retorno de investimento pode ser de mais de 7 anos. Para diminuir
os custos à médio prazo e reduzir o período de
payback
, o setor industrial fotovoltaico necessita
mais investimentos em pesquisa para trazer ao consumidor final painéis com maior vida útil e com
eficiência energética superior a 17% e o Brasil viabilizar leis que atraiam investidores estrangeiros
para a produção em larga escala de painéis fotovoltaicos em território nacional.
As empresas do setor fotovoltaico continuam em um processo de aprimoramento técnico,
aprofundando seus conhecimentos na instalação dos equipamentos e diversificando suas vendas
através dos treinamentos oferecidos a microempresários, por valores significativos; práticas que
poderão ser ainda consideradas atraentes enquanto os valores dos equipamentos são altos e as
formas de financiamento burocráticas. Com a massificação desta tecnologia, a questão passará a
ser como as empresas irão atuar no mercado a partir do momento em que os valores cobrados
pelos equipamentos estarão mais baixos e os treinamentos não mais centralizados em poucas
empresas e/ou regiões. Novas práticas de mercado surgirão, ou serviços específicos serão
aprimorados, ou ainda, os empresários buscarão outro nicho de mercado a ser explorado, abrindo
desta forma mais possibilidades de estudos futuros nas áreas de gestão, com pesquisas que podem
acompanhar esta possível evolução mercadológica deste setor tão proeminente, em paralelo com
estudos que possam identificar como a atuação de arquitetos e engenheiros civis pode contribuir
para que haja a interação harmônica dos painéis fotovoltaicos, do conjunto arquitetônico em que
estão inseridos, das características culturais, legais, políticas e sociais envolvidas, na busca de
conforto ambiental, eficiência energética e financeira.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
__________.
Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2015
: Ano base 2014. Empresa de Pesquisa
Energética. Ministério de Minas e Energia. Brasília, 2015.