Table of Contents Table of Contents
Previous Page  1122 / 2158 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 1122 / 2158 Next Page
Page Background

1122

Após estes investimentos iniciais em cursos teóricos e uma atuação no mercado, o microempresário

é “convidado” a fechar parcerias com as empresas, que passam a fornecer o

know-how

para efetuar

vendas, condicionado a mais uma vez, a participar de cursos que tem custos que variam entre

R$2000,00 a R$7000,00 - um alto valor de investimento para quem quer ingressar no ramo,

ofertados pelas empresas duas vezes ao ano em média.

Pode-se verificar neste contexto, que as empresas do setor fotovoltaico atuam em duas vertentes,

uma que é a venda dos equipamentos fotovoltaicos e a outra, com os treinamentos dados, o que

diversifica suas fontes de renda. A procura pelos cursos é alta, uma vez que a tecnologia ainda não

é de conhecimento de todos e os preços praticados pelas aulas podem ser considerados, de certa

forma, muito altos.

6. CONCLUSÕES

Há uma clara expansão do mercado fotovoltaico no Brasil e um aumento na quantidade de

empresas atuantes no setor, impulsionadas por instituições e estabelecimentos comerciais

varejistas e atacadistas, onde o alto investimento fotovoltaico justifica-se pelo alto consumo de

energia elétrica destes personagens, que passam a ter um retorno do investimento –

payback

,

estimado em 5 anos ou menos, dependendo da bandeira tarifária vigente. Diferente da realidade

residencial, onde o período de retorno de investimento pode ser de mais de 7 anos. Para diminuir

os custos à médio prazo e reduzir o período de

payback

, o setor industrial fotovoltaico necessita

mais investimentos em pesquisa para trazer ao consumidor final painéis com maior vida útil e com

eficiência energética superior a 17% e o Brasil viabilizar leis que atraiam investidores estrangeiros

para a produção em larga escala de painéis fotovoltaicos em território nacional.

As empresas do setor fotovoltaico continuam em um processo de aprimoramento técnico,

aprofundando seus conhecimentos na instalação dos equipamentos e diversificando suas vendas

através dos treinamentos oferecidos a microempresários, por valores significativos; práticas que

poderão ser ainda consideradas atraentes enquanto os valores dos equipamentos são altos e as

formas de financiamento burocráticas. Com a massificação desta tecnologia, a questão passará a

ser como as empresas irão atuar no mercado a partir do momento em que os valores cobrados

pelos equipamentos estarão mais baixos e os treinamentos não mais centralizados em poucas

empresas e/ou regiões. Novas práticas de mercado surgirão, ou serviços específicos serão

aprimorados, ou ainda, os empresários buscarão outro nicho de mercado a ser explorado, abrindo

desta forma mais possibilidades de estudos futuros nas áreas de gestão, com pesquisas que podem

acompanhar esta possível evolução mercadológica deste setor tão proeminente, em paralelo com

estudos que possam identificar como a atuação de arquitetos e engenheiros civis pode contribuir

para que haja a interação harmônica dos painéis fotovoltaicos, do conjunto arquitetônico em que

estão inseridos, das características culturais, legais, políticas e sociais envolvidas, na busca de

conforto ambiental, eficiência energética e financeira.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

__________.

Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2015

: Ano base 2014. Empresa de Pesquisa

Energética. Ministério de Minas e Energia. Brasília, 2015.