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3. MÉTODO DE PESQUISA

A execução desta pesquisa foi conduzida através da escolha do local de estudo que foram

habitações de interesse social na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul construídos pelo

Programa Minha Casa Minha Vida 2. No local de estudo foi feita uma caracterização da população

local através de questionário e análise estatística para encontrar grupos e subgrupos homogêneos

e determinar suas influências no uso do sistema de aquecimento solar de água.

A análise de agrupamento, também chamada de “AA” ou análise de

clusters

, tem como finalidade

agregar objetos com base nas características que eles possuem, aonde cada objeto é muito

semelhante aos outros no agrupamento a partir de um critério pré-determinado pelo pesquisador.

Um conjunto de indivíduos ou objetos semelhantes, unidos baseados nessa técnica que usa

medidas geométricas de distâncias para seus cálculos, define o agrupamento. Sendo assim, objetos

que estão dentro de um grupo devem ser semelhantes entre eles e dissemelhantes aos objetos

contidos dos outros grupos (GIGLIO et al., 2015).

Com a aplicação do questionário adaptado para adequar realidade do estudo, intitulado “ Medição

e Verificação de Desempenho Energético de SAS em HIS”, que faz parte de trabalho apresentado

por Giglio et al (2015), as questões levantadas foram respondidas. O questionário estruturado

contém 39 perguntas fechadas foram norteadas em estudos de influência do usuário no consumo

de energia; sobre hábitos de conservação de energia; em experiências com a inserção de coletores

solares em habitação interesse social; e nas recomendações técnicas de sistemas de aquecimento

solar para habitações de interesse social (POLINDER; AA, 2011; BARR, S.; GILD A.W.;

FANTINELLI, 2006; GIGLIO et al, 2015).

Este questionário foi dividido em cinco partes:

1. Composição familiar: número de ocupantes, idade, grau de escolaridade e tempo de

moradia;

2. Hábitos de consumo de água quente: a rotina de banho de cada membro da família. Ainda

abrange o sistema de aquecimento que o proprietário possuía na antiga moradia assim com

mudança de hábitos de banho na nova moradia;

3. Nível de satisfação e condições de operação e manutenção do sistema pela família:

dificuldade de uso do sistema auxiliar de aquecimento e os problemas que já ocorreram e

se já houve a manutenção de algum componente do sistema;

4. Hábitos de conservação de energia e água do banho, energia elétrica: compreender

subjetivamente como os usuários de baixa renda lidam com esta questão;

5. Fatores socioeconômicos: renda familiar, consumo de energia elétrica e de água, se a

família considera cara a conta de energia.

Para conseguir ter dados mais confiáveis sobre a população foi necessária uma delimitação de

amostra por análise estatística. A metodologia empregada para cálculo da amostragem para

entrevista foi a mesma de Ferreira (2009) apud Giglio et al (2015), na qual baseia-se na equação

de população finita. Para formar os agrupamentos e calcular a distribuição normal padrão e demais

procedimentos da análise de agrupamento foi necessário a ajuda de um software estatístico, que

nesse estudo é o STATISTICA 7. Assim cumprindo todos procedimentos para definição dos

subgrupos homogêneos, têm-se o resumo dos processos realizados pelo software na figura 1.