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factors that determine the final value of the PV panels can still take a few years to be more affordable
in the country. This brief scene is the object of study of this work, which aims to generate an overview
of how the selling and installation of photovoltaic power generation systems (on-grid and off-grid)
market in Brazil, has been adapted to economic reality of the country in recent years, the purchasing
power of the Brazilian people, the forms of bank financing for this sector, the flexibility of the
legislation and the prices charged by industry panels and national import sector, generating business
models, technical training and forging market practices throughout the Brazilian territory.
Keywords:
Photovoltaic; renewable energy; business model; training.
1. INTRODUÇÃO
O mundo vivencia um momento em que o uso de materiais fósseis para a geração de energia
elétrica é predominante em todo o planeta, porém estudos já indicam que esta fonte de energia se
tornará escassa em algumas décadas.
Atualmente já existem países como Itália, Alemanha e Uruguai, que fazem uso de grandes parques
de captação de energia eólica espalhados em seu território. De acordo com a reportagem publicada
no site de notícias especificas bioclimáticas “
Inhabitat
”, Distasio (2015) cita o exemplo do Uruguai
que divulgou recentemente grandes ganhos relacionados a infra-estrutura de energia limpa que tem
oferecido uma economia significativa nos custos de captação e fornecimento de energia elétrica.
Distasio (2015) explica que em menos de 10 anos o Uruguai pretende ter uma matriz energética
baseada em 95% do seu total em fontes renováveis.
Paralelo à questão das matrizes energéticas de países europeus e no caso citado do Uruguai,
Beach (2015) ressalta a importância da produção de elementos de captação de energia com
dimensões reduzidas e produzidas a um baixo custo, com o objetivo de terem uma maior
permeabilidade social. Narra por exemplo a produção de células fotovoltaicas impressas em baixa
espessura, que requerem para sua produção apenas uma impressora industrial, fator que apresenta
um baixo custo de execução e possuem alto índice de captação de energia.
No Brasil, as leis que versam sobre captação de energia limpa ainda não são muito eficazes no
sentido de estimular o seu uso. Não existem incentivos fiscais e os valores para o uso destas
tecnologias ainda é alto para a população brasileira e poucos são os exemplos de projetos
arquitetônicos ou de urbanismo que apresentam desde sua concepção criativa o uso de elementos
de captação de energia através de fontes renováveis no Brasil.
O uso destas tecnologias por arquitetos é tímido, empresas que vendem os painéis e executam sua
instalação não projetam em conjunto com profissionais da área de arquitetura e urbanismo
envolvidos em um projeto especifico. Os clientes quando apresentados às tecnologias fotovoltaicas
se manifestam de forma amplamente positiva, porém são desestimulados ao tomarem
conhecimento do custo da implantação do sistema, ainda inviável para a maior parcela da
população.
Percebe-se ainda que existe uma grande dificuldade pela indústria em produzir equipamentos que
se adaptem ou que sejam adaptáveis às necessidades e demandas da construção civil, no âmbito
das dimensões, cores e texturas. Neste sentido, a pesquisa aqui apresentada buscou compreender
os fatores influenciadores em questões de como fazer uso destas tecnologias de forma mais ampla
em edificações de maneira a garantir uma eficiência energética alta e ao mesmo tempo com um
desenho que possa ser adaptável às necessidades de projeto e que seja atrativo visualmente e a
um custo acessível, que estimule seu uso por grande parcela da população.
A pesquisa procurou traçar um panorama sobre a realidade fotovoltaica brasileira através da leitura
de bibliografia específica sobre arquitetura bioclimática e tecnologia para captação de energia em
edificações, conceitos, dados técnicos, metodologias propostas de medições e de projeto e demais