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A partir da aplicação das entrevistas, definiram-se quatro diferentes perfis dos moradores do bairro,
o que resultou na definição de quatro zonas de comportamentos e dinâmicas sociais distintas.
Nessas zonas, foram eleitos terrenos públicos adequados para a implantação de hortas e de pontos
de coleta e compostagem dos resíduos orgânicos locais, sendo ambos dimensionados de acordo
com a demanda do seu entorno.
“Essa criação de zonas produtivas é uma estratégia que possibilita a gestão do
sistema, devendo ser feita para subdividir áreas da cidade levando em consideração
o número de residentes e áreas disponíveis para a utilização da agricultura urbana,
bem como planejamento da implantação dos equipamentos de apoio.” (PERINI,
2015)
Mapa de zonas e de terrenos selecionados para implantação das hortas urbanas.
Fonte: elaboração própria a partir de base cartográfica da Prefeitura Municipal de Florianópolis.
Paralelamente, percebeu-se a falta de manutenção das praças e áreas públicas do bairro que se
apresentam, em sua maioria, como grandes terrenos gramados com pouca infraestrutura. Portanto,
consistem em um grande potencial para a implantação de hortas comunitárias, incentivando a
população a viver uma interação saudável, de modo a participar na produção de seu próprio
alimento e promover uma rica troca de conhecimentos e experiências, possibilitando que se adquira
respeito pela natureza e pelo outro.
O zoneamento do bairro viabilizou a definição de um método de produção de alimentos em conjunto
com o tratamento de resíduos, baseado na definição de terrenos que poderão ser cultivados pela
comunidade do entorno. Para o sucesso do projeto, é necessária uma agenda constante de
atividades, tanto educativas como informativas, de modo a instigar o interesse da comunidade para