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o tema e para mostrar que é possível um estilo de vida mais saudável e sustentável. Assim,

incentiva-se o contato com a terra e a apropriação desses espaços vazios de modo a fomentar a

organização social da população.

Sugere-se que cada horta urbana deva contar com um zelador permacultural devidamente

qualificado por um Programa de formação da Prefeitura – preferencialmente morador do bairro –,

que será responsável pela gestão da horta e do pátio de compostagem e poderá auxiliar e

compartilhar conhecimento com aqueles interessados em terem sua própria horta e cultivar seus

próprios alimentos.

5. CONCLUSÃO

Por fim, expõe-se a necessidade de retomar a relação entre a cidade e o campo como uma forma

de reintroduzir a natureza no cotidiano da população urbana. A prática da Permacultura nas cidades

é entendida como um meio de obter-se um estilo de vida mais saudável e sustentável, incentivando

o consumo de alimentos orgânicos e um modelo de urbanidade mais viva, contribuindo para a

segurança alimentar das populações urbanas mais vulneráveis e fomentando a vida comunitária.

Vê-se clara a relação entre a agricultura urbana e as dinâmicas das cidades e os sistemas de

abastecimento e gestão urbana, constatando-se a possibilidade do fechamento de um ciclo natural

dentro do espaço urbano através da associação do sistema de produção alimentícia e de destinação

de resíduos - sendo justamente o fechamento desse ciclo a cultura de permanência proposta pela

permacultura. Assim, admite-se a necessidade do sistema de produção de alimentos ser

reconhecida e incentivada pelo poder público por meio de políticas públicas específicas,

considerando-a como um uso que propõe uma importante função social da terra, visto os benefícios

promovidos para a população local.

O estudo de caso realizado mostra a possibilidade da adaptação da permacultura no meio urbano,

considerando a grande quantidade de espaços ociosos públicos e privados presentes no bairro,

uma característica presente nas cidades brasileiras como uma consequência da especulação

imobiliária e da falta de investimento público em áreas verdes de lazer. Além de um incentivo à

hábitos mais saudáveis, a prática dessas atividades pode ser vista como uma nova fonte de renda

para a população urbana. Considera-se oportuna e necessária a promoção de um futuro mais verde

para as cidades, e que ofereça oportunidades de trabalho e renda, além de uma alimentação mais

saudável e responsável às atuais e futuras gerações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Lei de Segurança Alimentar e Nutricional - Lei nº

11.346, DE 15 DE SETEMBRO DE 2006.

HOWARD, Ebenezer.

Garden Cities of To-Morrow

. London: Sonnenschein & Co, 1902. 195p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. CENSO AGROPECUÁRIO

2006. Rio de Janeiro: IBGE, 2006.

MOLLISON, Bill.; HOLMGREN, David. Permacultura um: uma agricultura permanente nas

comunidades em geral. São Paulo: Ground, 1983.