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4. RESULTADO DA AVALIAÇÃO DOS ESTUDOS DE CASO

O grupo Periférico, coordenado pela professora Liza Maria Souza de Andrade da FAU/UnB atuou

em diversas comunidades periféricas do Distrito Federal como Itapoã, Ceilândia, Vila Telebrasília,

Vila Planalto, Vila Cauhy, Varjão na região do entorno do DF em Goiás como Luziânia e Valparaíso

bem como assentamentos da Reforma Agrária na região de Planaltina como o Assentamento

Pequeno William do MST e a cidade de Cavalcante na Chapada dos Veadeiros, além de áreas

centrais como o CONIC. Para o estudo de caso foram escolhidos três projetos desenvolvidos no

âmbito dos espaços públicos. Os trabalhos escolhidos para análise foram o “Circuito Cultural e de

Lazer em Valparaíso de Goiás”, “A Rua do Jovem do Varjão” e o “Manual de Táticas Urbanas

Emergentes sob a perspectiva de gênero” desenvolvidos pelas recém-formadas Raquel Braz,

Natália Magaldi e Lara Pita, respectivamente.

Circuito Cultural e de Lazer: arte urbana e espaços comunitários em Valparaíso (GO)

A escolha da área deste trabalho se deu pela necessidade de áreas livres, arborizadas e pela

carência de espaço para cultura e lazer. A cidade de Valparaíso de Goiás, cidade dormitório, carece

cada vez mais de espaços comunitários para jovens, adultos e crianças. Valparaíso emancipou-se

a pouco tempo da cidade de Luziânia – GO e com apenas 20 anos, ainda procura se estruturar.

Atualmente, é a cidade que mais cresce no entorno de Brasília e ainda enfrenta a dificuldade para

concessão de áreas livres públicas, pelo seu histórico de rápido crescimento, devido à construção

de Brasília. Na tabela 1 se encontram as soluções de projeto segundo as dimensões da

sustentabilidade.

Tabela 1 – Análise das dimensões da sustentabilidade do projeto Circuito Cultural e de Lazer de Valparaíso

Circuito Cultural e de Lazer: arte urbana e espaços comunitários em Valparaíso (GO)

Sustentabilidade Ambiental -

Ruas verdes, espações arbóreos, hortas comunitárias e paisagismo

produtivo. Reaproveitamento de águas servidas e acesso à água.

Sustentabilidade Social

- Espaços comunitários para diferentes faixas etárias e classes sociais.

Acessibilidade, equipamentos públicos, mudança de sistema viário e calçadas. Promoção do sentimento

de pertencimento ao local por meio da participação da comunidade no processo de projeto.

Sustentabilidade Econômica

- Utilização de espaços remanescentes, pavimento permeável e rede de

drenagens de águas pluviais e de esgoto. Iluminação para uso noturno, novos comércios com diversificação

de uso do solo.

Sustentabilidade Cultural e Emocional –

Criação de identidade própria, recuperação e valorização da

infraestrutura existente, ênfase na arte urbana e novos marcos visuais. Revitalização e segurança nos

becos existentes. Geração de laços afetivos com a oficina de grafite nos muros de um dos becos.

Figuras 1, 2 e 3

– Imagem do processo participativo em um dos becos do Circuito Cultural de Valparaíso de

Goiás, imagem do circuito e simulação do beco com a recomposição do piso e criação de hortas.