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5. CONCLUSÃO
De acordo com a última versão do PGS (2016), um dos principais objetivos estratégicos de todo o
planejamento do evento foi a redução do impacto ambiental causado pelos projetos e operações
realizados. A abrangência e complexidade dos Jogos exigiram mobilização e planejamento para
que as instalações esportivas tivessem qualidade e respeitassem padrões sustentáveis de consumo
de água e energia, segurança e transportes.
Segundo Keeler (2010), o termo projeto sustentável evoluiu para projeto integrado. Diferentemente
do projeto convencional, o processo de projeto integrado exige um equilíbrio de decisões e uma
eficiente comunicação entre todos os membros da equipe, que devem encarar o projeto de maneira
holística, em vez de se concentrar exclusivamente em uma tarefa individual. Além disso, já na fase
inicial, o projeto deve contemplar o conjunto de impactos ambientais que envolvem o
empreendimento para o estabelecimento dos objetivos e medidas sustentáveis intencionados.
Em 1994, o Conselho Internacional de Construção (CIB) definiu o conceito de construção
sustentável como “a criação e manutenção responsáveis de um ambiente construído saudável,
baseado na utilização eficiente de recursos e no projeto com princípios ecológicos” (TORGAL;
JALALI, 2010).
Nos últimos anos foram desenvolvidos sistemas de certificação ambiental em diversos países para
analisar e certificar a sustentabilidade das construções, definindo critérios que norteiam
profissionais da área e comprovam o cumprimento das exigências e normas vigentes (MATOS,
2014).
Deste forma, todo o planejamento das obras foi regido pelos princípios definidos pela NBR ISO
20.1212: 2012 para Sistemas de Gestão de Sustentabilidade em Eventos. O Comitê Organizador
das olimpíadas obteve, em 27 de Janeiro de 2016, o reconhecimento internacional de seus esforços
para promover os jogos de maneira sustentável e com um legado positivo pela System & Services
Certification (SGS), que entregou o certificado ISO 20121.
Este certificado reconhece que todas as instalações construídas adotaram elevados padrões de
sustentabilidade, através de metas baseadas nos padrões de certificação mais reconhecidos
internacionalmente, adaptados à regionalidade e ao caráter de cada instalação (COMITÊ RIO 2016,
2016).
Umas das principais críticas recebidas pela organização dos Jogos refere-se ao fato de que as
olimpíadas foram consideradas benéficas para poucos segmentos econômicos e sociais da cidade-
sede, e a infraestrutura gerada não trouxe benefícios às localidades realmente precárias e carentes
do Rio de Janeiro (PRONI, 2009).
AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Universidade Federal de Juiz de Fora, à CAPES/CNPQ e à Fundação de Amparo
à Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG pelo apoio concedido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Fernando.
Os Desafios da Sustentabilidade – uma Ruptura Urgente.
7ª ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2007. 280 p.
APO – Autoridade Pública Olímpica.
Vila dos Atletas.
2016. Disponível em:
<http://www.apo.gov.br/index.php/home/transparencia/instalacoes/zona-barra-da-tijuca/vila-dos- atletas/>. Acesso em: 25 set. 2016.