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na década de 1990 por esquadrias de alumínio e telhas metálicas, pois na época da construção não

receberam tratamento adequado e apresentavam sinais de deteriorização. O porão da casa, que

antes era de pedra basalto, foi reformado e suas pedras substituídas por alvenaria de tijolos. De

acordo com os moradores, essa mudança se fez necessária porque haviam frestas entre as pedras

que abrigavam pequenos roedores e insetos. Apesar dessas modificações, sua estrutura (figura 3),

seu piso e suas paredes de madeira de araucária se encontram em perfeito estado de conservação

depois de quase um século de vida, fato este que vem a reforçar os aspectos de durabilidade e

resistência desta técnica construtiva.

Figura 3.

Porão com estrutura em madeira trabalhada manualmente

Fonte: Acervo pessoal (2016).

Em entrevista, a moradora afirmou que a temperatura no interior da residência é confortável tanto

no verão quanto no inverno, ressaltando que, nos dias mais frios, a casa é aquecida com a ajuda

do fogão à lenha. O conforto relatado pode ser justificado pela baixa condutividade térmica da

madeira que, como mencionado anteriormente, faz com que o material atue como isolante térmico,

mantendo a temperatura agradável dentro do edifício, salvo em condições mais extremas.

A exposição do material sem o adequado tratamento às intempéries ao longo dos anos resultou na

parcial deteriorização do material nas áreas externas da edificação analisada, como se pode

observar na figura 4. Esse efeito pode ser retardado, atualmente, com o uso de tintas e vernizes

que possuam ação hidrofugante e que protejam a madeira da ação dos raios ultravioletas. Além

disso, em alguns pontos, as madeiras estão deterioradas por ataques de agentes biológicos como

fungos e insetos. Mas, se a madeira for devidamente preparada e utilizada, sendo submetida a um

tratamento preservador quando necessário, a probabilidade de surgirem casos graves de

deterioração por ação biológica é bastante reduzido (CRUZ; NUNES, 2008).