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4.3
Análise do Graus-hora de resfriamento e aquecimento
Na análise do graus-hora de resfriamento (GHR) observa-se na Tabela 1, que o cenário que
apresenta o maior número de horas em desconforto por calor é o Cenário 1 e os cenários mais
confortáveis são o 2, com ventilação contínua e o 6 com ventilação controlada, como pode ser
observado também no gráfico da Figura 4.
Na análise de graus-hora de aquecimento (GHA), a Tabela 1 justifica o observado no gráfico da
Figura 5, em que o desconforto por frio é menor no Cenário 1 em que as janelas estão fechadas
todo o tempo e no Cenário 6 em que há automação.
Tabela 1. Análise do GRH e GHA
GH
R
Horas em desconforto
por calor
GH
A
Horas em
desconforto por frio
CENÁRIO 1
196,60
22
161,57
18
CENÁRIO 2
102,69
15
232,79
24
CENÁRIO 3
121,47
18
210,26
24
CENÁRIO 4
157,49
17
190,40
18
CENÁRIO 5
103,41
16
164,45
19
CENÁRIO 6
74,50
12
131,32
13
5. CONCLUSÃO
Após análise dos diferentes cenários de ventilação configurados para a Casa Popular Eficiente da
UFSM, com avaliação para os dias típicos de inverno e verão, observou-se inicialmente, como é
conhecido da literatura, que as temperaturas são maiores no período da manhã nos ambientes com
fachadas à leste e no período da tarde nas fachadas à oeste; mas, a própria geometria da edificação
também influencia os ambientes que serão mais ou menos confortáveis, como verificou-se nos
dormitórios 1 e 2, ambos com fachadas à leste e de áreas similares, apresentando o dormitório 1
temperaturas menores que o 2, devido ao pequeno sombreamento que a própria edificação faz ao
ambiente pela sua geometria.
Entre os cenários de ventilação analisados para o inverno, o cenário 2, o qual apresenta ventilação
contínua nas 24h do dia, apresentou o pior desempenho. Em contrapartida, os de melhor
desempenho, foram os cenários 1, 5 e 6; o cenário 1, com as aberturas fechadas todo o dia e o
cenário 5 com aberturas controladas por temperatura e, o cenário 6, igualmente ao 5, acrescido de
climatização artificial, para os horários de uso dos ambientes de permanência prolongada. Destes,
o de melhor desempenho foi o cenário 6, mesmo em alguns horários em que não havia climatização,
devido ao tempo que leva para amortecer a onda de calor na edificação. O cenário 1, de maneira
geral, apresenta temperaturas mais altas e maior conforto para o inverno que o cenário 5, que
possui temperaturas muito próximas a ele, porém, suas máximas não chegam a causar desconforto
por calor, como no cenário 1.
No verão, ao contrário, o pior cenário é o cenário 1, e os melhores cenários são 2, 5 e 6, em que o
comportamento do cenário 6 é igual à situação de inverno, com melhor situação na demora do
amortecimento da onda térmica. Dos outros dois cenários, o 2 tem melhor desempenho, com
diferença mínima para o cenário 5.
Após estas análises, conclui-se que a climatização artificial colabora para manter as temperaturas
desejadas dentro dos limites de conforto de um dia, mesmo quando ela não está em funcionamento,
mas é importante que se pense na economia de energia que uma solução passiva pode trazer
juntamente ao conforto térmico, considerando alguns cuidados, como a utilização da ventilação