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1695

4.3

Análise do Graus-hora de resfriamento e aquecimento

Na análise do graus-hora de resfriamento (GHR) observa-se na Tabela 1, que o cenário que

apresenta o maior número de horas em desconforto por calor é o Cenário 1 e os cenários mais

confortáveis são o 2, com ventilação contínua e o 6 com ventilação controlada, como pode ser

observado também no gráfico da Figura 4.

Na análise de graus-hora de aquecimento (GHA), a Tabela 1 justifica o observado no gráfico da

Figura 5, em que o desconforto por frio é menor no Cenário 1 em que as janelas estão fechadas

todo o tempo e no Cenário 6 em que há automação.

Tabela 1. Análise do GRH e GHA

GH

R

Horas em desconforto

por calor

GH

A

Horas em

desconforto por frio

CENÁRIO 1

196,60

22

161,57

18

CENÁRIO 2

102,69

15

232,79

24

CENÁRIO 3

121,47

18

210,26

24

CENÁRIO 4

157,49

17

190,40

18

CENÁRIO 5

103,41

16

164,45

19

CENÁRIO 6

74,50

12

131,32

13

5. CONCLUSÃO

Após análise dos diferentes cenários de ventilação configurados para a Casa Popular Eficiente da

UFSM, com avaliação para os dias típicos de inverno e verão, observou-se inicialmente, como é

conhecido da literatura, que as temperaturas são maiores no período da manhã nos ambientes com

fachadas à leste e no período da tarde nas fachadas à oeste; mas, a própria geometria da edificação

também influencia os ambientes que serão mais ou menos confortáveis, como verificou-se nos

dormitórios 1 e 2, ambos com fachadas à leste e de áreas similares, apresentando o dormitório 1

temperaturas menores que o 2, devido ao pequeno sombreamento que a própria edificação faz ao

ambiente pela sua geometria.

Entre os cenários de ventilação analisados para o inverno, o cenário 2, o qual apresenta ventilação

contínua nas 24h do dia, apresentou o pior desempenho. Em contrapartida, os de melhor

desempenho, foram os cenários 1, 5 e 6; o cenário 1, com as aberturas fechadas todo o dia e o

cenário 5 com aberturas controladas por temperatura e, o cenário 6, igualmente ao 5, acrescido de

climatização artificial, para os horários de uso dos ambientes de permanência prolongada. Destes,

o de melhor desempenho foi o cenário 6, mesmo em alguns horários em que não havia climatização,

devido ao tempo que leva para amortecer a onda de calor na edificação. O cenário 1, de maneira

geral, apresenta temperaturas mais altas e maior conforto para o inverno que o cenário 5, que

possui temperaturas muito próximas a ele, porém, suas máximas não chegam a causar desconforto

por calor, como no cenário 1.

No verão, ao contrário, o pior cenário é o cenário 1, e os melhores cenários são 2, 5 e 6, em que o

comportamento do cenário 6 é igual à situação de inverno, com melhor situação na demora do

amortecimento da onda térmica. Dos outros dois cenários, o 2 tem melhor desempenho, com

diferença mínima para o cenário 5.

Após estas análises, conclui-se que a climatização artificial colabora para manter as temperaturas

desejadas dentro dos limites de conforto de um dia, mesmo quando ela não está em funcionamento,

mas é importante que se pense na economia de energia que uma solução passiva pode trazer

juntamente ao conforto térmico, considerando alguns cuidados, como a utilização da ventilação