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software para outro depende de 04 variáveis (GSA, 2015): qualidade da modelagem, qualidade da

ferramenta BIM utilizada na exportação, habilidade dos programas em organizar as informações e

a qualidade do tradutor/importador da ferramenta de análise. Uma deficiência em qualquer uma

dessas variáveis pode resultar em erros de interoperabilidade.

2. OBJETIVO

O objetivo do artigo é investigar possíveis limitações e potencialidades da interoperabilidade entre

o

software

Revit de modelagem e o

software

EnergyPlus de simulação energética, através da

plataforma BIM. O artigo também compara o desempenho térmico de uma residência unifamiliar a

partir da combinação de diferentes tipos de materiais de envoltória (parede e cobertura) e métodos

construtivos, utilizando o EnergyPlus como ferramenta de cálculo.

3. MÉTODO DE PESQUISA

3.1

Softwares

utilizados

Segue uma breve descrição dos

softwares

utilizados na pesquisa, bem como suas principais

características e funcionalidades.

REVIT 2017 versão educacional (AUTODESK, 2016b) –

Software

de modelagem BIM desenvolvido

pela Autodesk. Possui características intrínsecas ao BIM, como a parametrização dos elementos e

a possibilidade de interagir com outras plataformas. A Autodesk vem integrando diversas

ferramentas no próprio programa de modelagem, e disponibilizando-as via web.

GREEN BUILDING STUDIO – GBS (AUTODESK, 2016a) – Ferramenta BIM de análise energética

desenvolvida pela Autodesk que disponibiliza os resultados das simulações via web, através do

serviço de nuvem. GBS utiliza o mecanismo de cálculo DOE-2.2 e possibilita a exportação para

formato compatível com Energyplus (

Input Data Format

– IDF) (AIA, 2012). Apesar de proporcionar

a visualização gráfica de forma rápida e intuitiva, o programa não permite a manipulação detalhada

dos componentes de projeto, o que pode ser um limitador quando pretende-se apurar com maior

exatidão os resultados obtidos (AIA, 2012).

ENERGYPLUS versão 8.4.0 (U.S. DEPARTMENT OF ENERGY, 2016) – Ferramenta de cálculo de

consumo energético em edificação, criada pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. É

recomendado pela NBR 15.575 – 4 (ABNT, 2013) para simulação de edificações caso a avaliação

simplificada não seja suficiente para atender aos requisitos mínimos de desempenho térmico. Uma

das limitações para utilização desse programa é a falta de interface gráfica capaz de demonstrar de

forma mais fácil todas as suas funcionalidades (AIA, 2012). Alguns

softwares

foram desenvolvidos

para suprir essa demanda, tais como DesignBuilder e OpenStudio.

OPENSTUDIO versão 1.0.14 (NREL, 2016) – Interface gráfica que facilita o acesso aos programas

de simulação, dentre eles o EnergyPlus (AIA, 2012). O OpenStudio desenvolveu um

plug-in

para

SketchUp que possibilita utilizar suas ferramentas de modelagem a fim de facilitar a visualização

espacial da edificação a ser simulada. Apesar de ser uma ferramenta gratuita e de fácil utilização,

o OpenStudio acessa apenas as ferramentas mais básicas do EnergyPlus. Para componentes mais

específicos ou simulações mais detalhadas, o projetista deve recorrer ao próprio EnergyPlus (AIA,

2012).

3.2 Fluxo de informação no BIM

A figura 1 mostra a integração entre os

softwares

utilizados bem como as etapas seguidas para

realização da simulação energética.