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3. MÉTODO DE PESQUISA

Em primeiro momento a pesquisa contextualiza os temas da sustentabilidade e da economia de

baixo carbono na construção civil, se voltando especialmente para as regulamentações existentes

relativas à madeira utilizando principalmente a metodologia da pesquisa bibliográfica. Segundo

Cervo e Bervian (2002), ela consiste em uma fonte de coleta de dados secundária e auxiliar no

embasamento sobre um determinado assunto, tema ou problema que possa ser estudado. Gil

(2008), assinala que a pesquisa bibliográfica se desenvolve sobretudo com material já elaborado,

constituído por livros e artigos científicos e que a principal ferramenta de coleta e análise do

pesquisador nesse momento consiste nos fichamentos das obras consultadas.

Já a etapa de análise das certificações ambientais e associações, além do exemplo do Espaço

Conceito GBC Casa, será ancorada, além da pesquisa bibliográfica, pela pesquisa documental.

Para Gil (2008), elas são bastante parecidas, mudando, sobretudo, a natureza das fontes, posto

que a pesquisa documental utiliza materiais ainda sem tratamento analítico ou reelaboração. Aqui,

analisam-se documentos de “primeira mão”: arquivos, relatórios, tabelas, etc.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O fomento à madeira como material construtivo sustentável vem ocorrendo por meio de iniciativas

diversas, que atuam estabelecendo diretrizes no processo de extração e utilização do material, e

ações informativas visando o esclarecimento de questões comumente associadas à madeira, bem

como a divulgação de seus benefícios. Neste estudo foram identificados três tipos de iniciativas:

certificações de produtos madeireiros, certificações ambientais de edificações e associações de

empresas ligadas à cadeia produtiva da madeira.

4.1 Certificações de produtos florestais

Em função da delicada relação apresentada entre a exploração da madeira e o desmatamento,

comuns não somente no Brasil como também em diversos países do mundo, principalmente

àqueles considerados em desenvolvimento, foram criadas as certificações de produtos florestais.

Essas certificações estabelecem um conjunto de práticas que permitem a exploração econômica

de recursos florestais, entre eles a madeira, causando o mínimo impacto. Esse conjunto de práticas

é chamado de Manejo Florestal Sustentável, definido como:

"(...) administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os

mecanismos de sustentação ambiental dos ecossistemas." (FSC, 2012)

A prática do manejo se diferencia essencialmente da exploração convencional na forma como os

recursos são extraídos. Enquanto o primeiro visa a exploração dos recursos de forma controlada,

procurando oferecer condições para que a floresta consiga se recuperar naturalmente, permitindo

tanto a exploração futura da mesma área, quanto a preservação da floresta e do ecossistema da

região; na exploração convencional há pouco ou nenhum planejamento e o foco é estritamente

imediatista, visando a extração dos recursos mais valiosos sem levar em consideração os impactos

causados.