1430
3. MÉTODO DE PESQUISA
Em primeiro momento a pesquisa contextualiza os temas da sustentabilidade e da economia de
baixo carbono na construção civil, se voltando especialmente para as regulamentações existentes
relativas à madeira utilizando principalmente a metodologia da pesquisa bibliográfica. Segundo
Cervo e Bervian (2002), ela consiste em uma fonte de coleta de dados secundária e auxiliar no
embasamento sobre um determinado assunto, tema ou problema que possa ser estudado. Gil
(2008), assinala que a pesquisa bibliográfica se desenvolve sobretudo com material já elaborado,
constituído por livros e artigos científicos e que a principal ferramenta de coleta e análise do
pesquisador nesse momento consiste nos fichamentos das obras consultadas.
Já a etapa de análise das certificações ambientais e associações, além do exemplo do Espaço
Conceito GBC Casa, será ancorada, além da pesquisa bibliográfica, pela pesquisa documental.
Para Gil (2008), elas são bastante parecidas, mudando, sobretudo, a natureza das fontes, posto
que a pesquisa documental utiliza materiais ainda sem tratamento analítico ou reelaboração. Aqui,
analisam-se documentos de “primeira mão”: arquivos, relatórios, tabelas, etc.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O fomento à madeira como material construtivo sustentável vem ocorrendo por meio de iniciativas
diversas, que atuam estabelecendo diretrizes no processo de extração e utilização do material, e
ações informativas visando o esclarecimento de questões comumente associadas à madeira, bem
como a divulgação de seus benefícios. Neste estudo foram identificados três tipos de iniciativas:
certificações de produtos madeireiros, certificações ambientais de edificações e associações de
empresas ligadas à cadeia produtiva da madeira.
4.1 Certificações de produtos florestais
Em função da delicada relação apresentada entre a exploração da madeira e o desmatamento,
comuns não somente no Brasil como também em diversos países do mundo, principalmente
àqueles considerados em desenvolvimento, foram criadas as certificações de produtos florestais.
Essas certificações estabelecem um conjunto de práticas que permitem a exploração econômica
de recursos florestais, entre eles a madeira, causando o mínimo impacto. Esse conjunto de práticas
é chamado de Manejo Florestal Sustentável, definido como:
"(...) administração da floresta para obtenção de benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os
mecanismos de sustentação ambiental dos ecossistemas." (FSC, 2012)
A prática do manejo se diferencia essencialmente da exploração convencional na forma como os
recursos são extraídos. Enquanto o primeiro visa a exploração dos recursos de forma controlada,
procurando oferecer condições para que a floresta consiga se recuperar naturalmente, permitindo
tanto a exploração futura da mesma área, quanto a preservação da floresta e do ecossistema da
região; na exploração convencional há pouco ou nenhum planejamento e o foco é estritamente
imediatista, visando a extração dos recursos mais valiosos sem levar em consideração os impactos
causados.